Quartel da Graça entregue ao grupo Sana para hotel de 5 estrelas

Estado entrega concessão do Quartel da Graça, em Lisboa, a grupo Sana, no âmbito do programa Revive. O Quartel vai ser recuperado para a instalação de um hotel de 5 estrelas que deverá abrir no final de 2022.

Quartel da Graça entregue ao grupo Sana para hotel de 5 estrelas
Quartel da Graça entregue ao grupo Sana para hotel de 5 estrelas. Foto: © Rosa Pinto

Após concurso público, no âmbito do programa Revive, a concessão do Quartel da Graça, em Lisboa, foi entregue a um agrupamento de empresas do grupo Sana. O grupo venceu o concurso com uma corresponde renda de 1,79 milhões de euros anuais, sendo que o valor base do concurso estava fixado em 332.604 euros.

De acordo com a proposta vencedora o investimento estimado para a recuperação do imóvel é de 30 milhões de euros. No edifício vai ser instalado um hotel de 5 estrelas que contará com 120 quartos. A abertura do novo hotel está prevista para o final de 2022.

O Quartel da Graça, classificado como Monumento Nacional em 1910, está localizado numa das sete colinas de Lisboa, com vista privilegiada para a cidade. Foi fundado, enquanto Convento da Graça, no século XIII pela Ordem dos Agostinhos Eremitas, e reedificado no século XVI e mais tarde restaurado após o terramoto de 1755.

Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi ocupado pelo Exército, passando nesse momento a designar-se de Quartel da Graça. Nos últimos anos, o Quartel acolheu serviços da GNR e do Exército.

Depois desta conceção do Quartel da Graça passam a ser 10 os imóveis adjudicados ao abrigo do Programa Revive, o que representa um investimento de 100 milhões de euros.

O Ministério da Economia indicou que até ao momento foram lançados concursos relativos a 19 imóveis no âmbito do Revive, sendo que atualmente, estão abertos os concursos para a concessão do Mosteiro de Lorvão, em Penacova, do Forte da Ínsua, em Caminha, do Mosteiro de São Salvador de Travanca, em Amarante, e do Paço Real de Caxias, em Oeiras.

Para o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, “a adjudicação do concurso relativo ao Quartel da Graça demonstra que o Programa Revive torna possível dar novo uso ao património público, ultrapassando todas as dificuldades históricas associadas a estes processos. Este imóvel será um fator de geração de riqueza e de criação de emprego na cidade de Lisboa”.

João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa Nacional (MDN), referiu: “A conclusão do concurso para a concessão do Quartel da Graça permite, por um lado, a recuperação de um edifício indissociável da história da cidade de Lisboa e, por outro, a devolução à população de um imóvel que abriga séculos de memórias, incluindo as do início da fundação do país”.

O MDN acrescentou: “A rentabilização do Quartel da Graça, ao abrigo da Lei das Infraestruturas Militares, contribui para um dos mais importantes instrumentos de financiamento da Defesa Nacional e das Forças Armadas, sendo mais um exemplo da associação do MDN ao programa REVIVE e da aposta na recuperação e valorização do património histórico do país”.

Também Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, congratula-se com a conclusão do concurso, afirmando: “Durante um século, o Quartel da Graça, em Lisboa, serviu a Guarda Nacional Republicana e as populações. Com o Programa Revive, terá uma nova vida, através da recuperação e valorização deste importante ativo do nosso património, numa altura em que o Ministério da Administração Interna tem também em plena execução a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, que permite o maior investimento de sempre na modernização dos equipamentos das polícias portuguesas”.

Também a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, considerou o desfecho do concurso muito importante para a conservação do Património Nacional e afirmou: “Com a conclusão do concurso Revive para o Quartel da Graça, devolvemos à cidade de Lisboa um dos mais importantes edifícios associados à muralha fernandina e classificado como Monumento Nacional”.

Graça Fonseca acrescentou: “Mais uma vez, destacamos a aliança entre a recuperação do património e a necessidade de dinamizarmos investimento para imóveis que devem, no futuro, desafiar-nos para garantirmos maior diversidade na oferta de espaços de criação cultural”.