Uma nova instalação que utiliza tecnologia de feixe de eletrões para construir a próxima geração de chips semicondutores, acaba de ser inaugurada no Reino Unido, especificamente na Universidade de Southampton.
Esta nova instalação de litografia por feixe de eletrões é a segunda do mundo e a primeira fora do Japão, e oferece uma precisão sem precedentes, que é essencial para projetar os muito pequenos componentes que alimentam as tecnologias do futuro, desde diagnósticos médicos até sistemas de defesa.
No Reino Unido, os semicondutores, que são pequenos chips que alimentam dispositivos, desde smartphones a satélites, já contribuem com cerca de 10 mil milhões de libras (aproximadamente 11,76 mil milhões de euros) para a economia por ano, e o Governo do país estima que o setor cresça para cerca de 17 mil milhões de libras (aproximadamente 20 mil milhões de euros) até 2030.
A litografia de feixe de eletrões usa um feixe focalizado de pequenas partículas chamadas eletrões para criar padrões em materiais com elevadíssima resolução, permitindo que os investigadores criem elementos milhares de vezes menores que um fio de cabelo humano.
Ao mesmo tempo o Reino Unido lançou uma série de apoio a canais de talentos locais e a colaboração entre universidade e indústria. Um programa que espera contribuirá para o crescimento económico regional e nacional, impulsionando e reforçando o papel que a indústria de semicondutores deverá desempenhar na Estratégia Industrial do país.
O pacote de investimentos inclui:
Três milhões de libras para bolsas de graduação, oferecendo 5.000 libras para cada um dos 300 alunos que iniciam cursos de Engenharia Eletrotécnica e Eletrónica em 2025, juntamente com conteúdo especializado em semicondutores para aumentar a conscientização sobre a domínio do setor, com foco em cursos que incluem projeto e fabricação de semicondutores.
1,2 milhão de libras para treino em design de chips, com novos cursos de design de chips para ensinar habilidades práticas de design de chips para alunos de graduação, pós-graduação e professores, bem como um estudo de viabilidade para novos cursos de conversão de pós-graduação.
Quase 550.000 libras para extensão escolar, proporcionando a 7.000 alunos de 15 a 18 anos e 450 professores experiência prática em semicondutores em parceria com empregadores locais, ajudando a conscientizar e diversificar a futura força de trabalho. Este programa concentrar-se-á em clusters de semicondutores existentes no Reino Unido, como Newport, Cambridge e Glasgow, para ajudar a fortalecer os ecossistemas e a criar oportunidades de carreira a longo prazo.
Para o Reino Unido o objetivo é ajudar a atrair mais estudantes para carreiras de alto valor, em tecnologias críticas e emergentes que serão fundamentais para o crescimento da economia.
