Reino Unido instala maior rede de câmaras subaquáticas do mundo

Reino Unido lança primeira rede mundial de câmaras subaquáticas para proteger a vida selvagem e a biodiversidade dos oceanos. A rede, num investimento de mais de 2,3 milhões de euros, vai cobrir todo o Caribe, Atlântico Sul, Índico, Pacífico e Oceano Meridional.

Reino Unido cria maior rede de câmaras subaquáticas do mundo
Reino Unido cria maior rede de câmaras subaquáticas do mundo. Foto: DR

O Reino Unido está a instalar uma grande rede de câmaras subaquáticas que vai permitir monitorar a vida selvagem oceânica do mundo para ajudar a protege-la. Uma rede que cobre mais de 4 milhões de quilómetros quadrados de oceano.

Os sistemas de câmaras – conhecidos como BRUVS – vão permitir que os territórios ultramarinos do Reino Unido observem e façam a gestão da vida selvagem oceânica nos seus diversos ecossistemas.

O método não intrusivo de captura de informações sobre as espécies será usado para documentar a biodiversidade marinha nos territórios: ilhas Pitcairn, Ascensão, Santa Helena, Tristão da Cunha, Território Britânico do Oceano Índico, Ilhas Caimão, Ilhas Virgens Britânicas, Anguila, Montserrat e dentro do Território Antártico Britânico.

As plataformas estão a ser lançadas num momento em que a saúde dos oceanos está a diminuir e assim vão permitir aos cientistas melhorar a compreensão sobre o ambiente marinho para restaurar os nossos oceanos.

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, disse: “A vida selvagem marinha que vive ao longo da costa de nossos Territórios Ultramarinos é uma das mais espetaculares do mundo e devemos fazer mais para a proteger”.

“A tecnologia de ponta, como estas câmaras, será vital em nossa cruzada contra as mudanças climáticas. Os nossos especialistas marinhos são líderes mundiais na proteção do nosso oceano e da miríade de espécies que vivem nele”, acrescentou Boris Johnson.

Os 66 sistemas de vídeo subaquático remoto vão ser usados ​​para filmar e analisar dados sobre muitas espécies, incluindo o marlim branco, peixe-vela, tubarões-seda, peixe-porco preto, tartarugas cabeçudas, lula-de-Gould, peixe-cunha e cobras marinhas.

Esta Rede Global de Análise da Vida Selvagem do Oceano tem a duração de 4 anos e deverá custar 2 milhões de libras ou 2 milhões e 350mil euros.

A professora da University of Western Australia, Jessica Meeuwig, refere: “Os atuns, tubarões e grandes peixes de recife do mundo continuam a diminuir em número e essa tendência deve ser revertida. Este programa dará aos tomadores de decisão as evidências de que precisam para agir de forma decisiva em prol de suas economias azuis”.