Sanções à Rússia não travam exército de Putin na Ucrânia

EUA e União Europeia projetaram e implementaram sanções à Rússia pela “imprudente invasão da Ucrânia por Putin”. Sanções que a Presidente da Comissão Europeia considera serem resultado de uma cooperação eficaz.

Sanções à Rússia não travam exército de Putin na Ucrânia
Sanções à Rússia não travam exército de Putin na Ucrânia. Foto: © UE

Na final da reunião de hoje, em Bruxelas, entre a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen e o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Presidente da Comissão referiu que a cooperação entre a União Europeia e os Estados Unidos permitiu dar resposta “à imprudente invasão da Ucrânia por Putin”.

“Graças a essa coordenação, juntos projetamos, desenvolvemos e implementamos sanções em tempo recorde. Sanções que demonstram a nossa determinação em fazer Putin pagar um preço pela sua guerra. Não tomamos essas medidas de ânimo leve, mas é claro que precisamos de agir”, disse Ursula Von der Leyen.

Devido a essas medidas, acrescentou a Presidente da Comissão Europeia, “o Banco Central não pode usar uma parcela significativa das suas reservas para defender o rublo, agora em queda livre. O Banco Central teve que aumentar os juros para 20%, alimentando a inflação. Bancos comerciais significativos estão isolados dos mercados globais e do SWIFT, reduzindo sua capacidade de financiar a economia. A bolsa de valores de Moscovo continua fechada desde o início desta semana. Uma após a outra, as empresas ocidentais anunciam as suas próprias medidas, interrompendo a produção, o investimento e as vendas. A cooperação UE-EUA está no centro desta resposta eficaz e reuniu um número cada vez maior de países que aplicam sanções idênticas ou semelhantes. Nossos parceiros do G7, Reino Unido, Canadá e Japão, mas também países como Noruega, Suíça, Coreia do Sul, Austrália. Por enquanto”.

Ursula Von der Leyen lembrou também que na Assembleia Geral das Nações Unidas, desta semana, 141 países, condenaram a Rússia pela “invasão brutal”, e que “apenas 4 países de 193 ficaram ao lado da Rússia”, que foi o caso da Bielorrússia, Coreia do Norte, Síria e Eritreia”.

“O Presidente Putin está cada vez mais isolado na comunidade mundial. Mas diante dos protestos do mundo, o exército de Putin continua. Bombardeios e ataques de mísseis contra alvos civis estão a intensificar-se”.

A Presidente da Comissão também lembrou o apoio à Ucrânia, referindo: “Estamos a fornecer imediatamente 500 milhões de euros de ajuda humanitária e virão mais. Estamos a trabalhar rapidamente para estabelecer centros de proteção civil na Polónia, na Eslováquia e na Roménia. E também estamos fazendo tudo o que podemos, com organizações internacionais e ONGs, para estabelecer corredores humanitários que se estendem pela Ucrânia”.

“A União Europeia acionou, pela primeira vez, a chamada Diretiva de Proteção Temporária” que permite que os refugiados possam viver e trabalhar na União Europeia, ter acesso a serviços de saúde ou escolas, pelo menos durante um ano”, concluiu a Presidente da Comissão Europeia.