Suécia com incêndios que chegam ao Círculo Polar Ártico

Suécia está com incêndios sem precedentes e as autoridades já pediram auxílio dada a incapacidade de controlar as chamas. Portugal já disponibilizou meios aéreos. As missões Copernicus Sentinel-2 e Sentinel-3, da ESA, estão a fornecer imagens.

Suécia com incêndios que chegam ao Círculo Ártico
Suécia com incêndios que chegam ao Círculo Ártico. Imagem: ESA

O centro e norte da Europa está sobre uma onda de calor e há regiões onde já não chove há vários meses o que tem conduzido a uma vegetação seca e propicia aos incêndios. Na Suécia, onde não chove há três meses, os incêndios já se estendem até Círculo Polar Ártico.

Imagens das missões Copernicus Sentinel-2 e Sentinel-3, da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla do inglês), mostram que os incêndios já se estendiam em 17 de julho desde da costa oeste da Noruega até o centro da Suécia. O fumo que se estendo por vários quilómetros tem origem em vários incêndios.

Imagens capturadas no mesmo dia pelo Sentinel-2 mostram chamas e sumo de dois grandes incêndios e outros incêndios nas proximidades.

Os incêndios levaram as autoridades a evacuar algumas aldeias e a pedir ajuda de outros países. De acordo com os especialistas as atuais altas temperaturas e a seca estão ligadas às mudanças climáticas.

O número de incêndios em curso é de cerca de 50 o que colocaram literalmente o país a arder. Até julho, houve três vezes mais incêndios do que no ano passado.

Jonas Olsson, do Instituto Meteorológico e Hidrológico Sueco, referiu: “Está tudo muito, muito seco na maior parte da Suécia. Os níveis de água nos rios e lagos são excecionalmente baixos, exceto na parte norte do país. Nós estamos com escassez de água.”

“As chuvas só atingiram um sétimo do valor normal, uma precipitação que é a menor desde que começaram os registos no final do século XIX”, acrescentou o especialista.

As autoridades suecas estão a utilizar todos os meios para extinguir os incêndios, e as missões Sentinela de Copérnico estão a oferecer uma visão a partir do ‘céu’ para identificar onde os incêndios eclodem. Imagens que são especialmente valiosas em áreas pouco povoadas.