Surto de COVID-19 no Entreposto da Azambuja pode ter sido desenvolvido no exterior

Surto de COVID-19 entre trabalhadores do Entreposto da Azambuja pode ter sido desenvolvido no exterior da empresa. Sonae MC indica que medidas de contingência estão em vigor há mais de dois meses.

Surto de COVID-19 no Entreposto da Azambuja pode ter sido desenvolvido no exterior
Surto de COVID-19 no Entreposto da Azambuja pode ter sido desenvolvido no exterior

A possibilidade do surto de COVID-19, com 70 casos confirmados, entre os 800 trabalhadores do Entreposto da Azambuja ter ocorrido nas instalações da empresa é muito baixa em face das medidas de contingência que a empresa tem em vigor há mais de 2 meses, esclareceu a Sonae MC.

A empresa referiu que as medidas estão totalmente alinhadas com todas as recomendações das autoridades de saúde e atestadas pela Direção Geral de Saúde, em várias visitas ao local, no sentido de garantir que o nível de risco de propagação entre colegas é de ‘muito baixo risco’.

A Sonae MC esclareceu que desde o início da pandemia que a introduziu uma série de medidas por forma a conter a disseminação do surto, e que apenas 1/3 dos colaboradores recorrem ao transporte em comboios. A empresa refere que está a reforçar há várias semanas o serviço de autocarros próprios, tendo duplicado número de autocarros e aumentado a higienização, de forma à lotação ser apenas metade da capacidade, e assim garantir o distanciamento social.

A Sonae MC referiu que introduziu um conjunto de procedimentos, que incluem:

  • Um programa de forte comunicação e sensibilização para o tema Covid-19 à população em geral e chefias, para que estas tenham o maior conhecimento sobre os vários processos a adotar, quer nas medidas de higienização, quer nos procedimentos a seguir recomendados pela Saúde Ocupacional da empresa e DGS/OMS.
  • Foi implementado trabalho remoto de todos os colaboradores cuja função é passível de ser feita nesse regime, diminuído o número de pessoas que se deslocam para a Azambuja diariamente.
  • Os horários dos turnos foram desfasados para evitar concentrações de colaboradores nas entradas e saídas;
  • Foi implementado um sistema de verificação de temperatura a todos os colaboradores, prestadores de serviço e de trabalho temporário antes de darem entrada em qualquer instalação dos entrepostos. Esta medida foi implementada a 24 de março e irá ser mantida por tempo indeterminado.
  • Foi introduzida sinalética no chão do entreposto para acautelar distâncias de segurança entre os colaboradores/fornecedores – junto à receção de mercadorias e à entrada;
  • Foi reforçada a segurança, higiene e limpeza dos locais de trabalho, das zonas sociais e de toda a cadeia de distribuição das operações e cadeia de abastecimento, bem como a desinfeção de todos os veículos de transporte de mercadorias. Esta é uma operação diária e repetida várias vezes ao dia;
  • Foram instalados doseadores com gel higienizante e disponibilizadas luvas e máscaras para os colaboradores, bem como informação sobre as regras de utilização;
  • Foi instituído o uso obrigatório de máscaras para todos os colaboradores;
  • São disponibilizadas mascaras aos trabalhadores temporários e prestadores de serviço;
  • Foram adquiridas viseiras de proteção;
  • O contacto com os motoristas fornecedores passou a ser reduzido. São os colaboradores do Entreposto que fazem a descarga das viaturas, mantendo os motoristas em zona de segurança, evitando contacto com colaboradores;
  • Foi criado um microsite alusivo ao Coronavírus com informação atualizada;
  • Foi ativada uma linha de apoio ao COVID-19 com três números disponíveis (24 horas, 7 dias por semana) para apoio e esclarecimento de dúvidas;
  • Foram criadas salas de contenção (isolamento) nos entrepostos, com EPIs adequados;
  • Foram reforçadas as equipas de limpeza dos entrepostos para que possam estar focadas na desinfeção de áreas consideras críticas (wc, cantina, corrimões, passadiço, maçanetas das portas, entre outros);
  • Foram identificados os colaboradores que façam parte de grupos de riscos (>60 anos; grávidas, doenças crónicas e imunodeprimidos), e que ficam em casa preventivamente;
  • Foram colocados lava mãos portáteis em zonas mais afastadas dos entrepostos;
  • Passaram a ser evitadas as reuniões de início de turno e passou a ser usada preferencialmente a comunicação por som;
  • O número de utilizadores dos balneários passou a ser limitado a uma pessoa por cada 2 m2 e foram instalados novos balneários;
  • O número de pessoas em salas de reuniões foi limitado a uma pessoa por cada 2 m2;
  • Os equipamentos de suporte à operação passaram a ser limpos antes e depois de cada utilização.

A Sonae MC referiu ainda que a par destas medidas, os horários de entrada foram ainda mais desfasados, por forma a diminuir a concentração de pessoas na estação de comboios e no apeadeiro de acesso ao entreposto.