Transição energética na Europa no ‘bom’ caminho

Relatório sobre a União da Energia indica que transição energética na Europa atingiu, em alguns casos, níveis de 2020. As energias renováveis empregam mais de um milhão e a importação de combustíveis fósseis deve diminuir 16 mil milhões de euros.

Transição energética na Europa no ‘bom’ caminho
Transição energética na Europa no ‘bom’ caminho. Foto: Rosa Pinto

A União Europeia (UE) já atingiu o objetivo de consumo final de energia previsto para ser alcançado até 2020 e o mesmo com as emissões de gases com efeito de estufa. Em 2015, as emissões de gases com efeitos de estufa estavam a 22 % abaixo do nível registado em 1990.

A UE está no ‘bom caminho’ no setor das energias renováveis, em que, com base nos dados de 2014, a quota das energias renováveis atingiu 16 % do consumo final bruto de energia da UE.

Uma tendência que se tem verificado na União Europeia é a dissociação do crescimento económico das emissões de gases com efeito de estufa. Durante o período de 1990 a 2015, o produto interno bruto (PIB) combinado da UE aumentou 50 %, enquanto as emissões diminuíram 22 %.

Dados do segundo relatório sobre o estado da União da Energia revelam que a modernização da economia da União Europeia e a transição para uma era hipocarbónica vão no sentido favorável.

De acordo com o relatório “em termos de emissões de gases com efeito de estufa, eficiência energética e energias renováveis, a Europa está no bom caminho para atingir os seus objetivos para 2020”, mas a Comissão pretende impulsionar ainda mais o processo, e anunciou agora, 1 de fevereiro, “uma nova fase da União da Energia”.

Maroš Šefčovič, Vice-Presidente e responsável pela União da Energia, afirmou: “A União da Energia vai além da energia e do clima; visa acelerar a modernização fundamental da economia da Europa, tornando-a hipocarbónica e eficiente em termos de energia e recursos, de uma forma socialmente justa”.

Para Miguel Arias Cañete, Comissário responsável pela pasta Ação Climática e Energia, “apesar das incertezas geopolíticas atuais, a Europa tem vindo a avançar com a transição para energias limpas”.

“Não há alternativa. E os factos falam por si: as energias renováveis são já competitivas em termos de custos e, por vezes, menos onerosas do que os combustíveis fósseis, empregam mais de um milhão de pessoas na Europa, atraem mais investimentos do que muitos outros setores e reduziram a nossa fatura de importação de combustíveis fósseis em 16 mil milhões de euros”, acrescentou o Comissário.

Em 2016, a Comissão apresentou uma Estratégia Europeia para a mobilidade com baixas emissões, em que o objetivo é que “até meados do século, as emissões de gases, com efeito de estufa, provenientes dos transportes devem ser, pelo menos, 60 % inferiores às de 1990”.