Ucrânia pede a Portugal para formar pilotos ucranianos em caças F16

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu em Lisboa para Portugal formar pilotos ucranianos em caças F16. Decisão sobre entrada da Ucrânia na NATO e adesão à União Europeia passam a ser concordantes entre os dois países.

Ucrânia pede a Portugal para formar pilotos ucranianos em caças F16
Ucrânia pede a Portugal para formar pilotos ucranianos em caças F16. Foto: TVEuropa

Na visita a Portugal, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reuniu, em Lisboa, com o homólogo português, João Gomes Cravinho. De acordo com os dois ministros a reunião permitiu abordar diversos aspetos que envolvem a atual situação de guerra na Ucrânia.

No final da reunião, em conferência de imprensa, no Palácio das Necessidades, Dmytro Kuleba começou por agradecer o apoio dado por Portugal aos refugiados ucranianos e agradecer ao Governo português as decisões tomadas a nível militar e político a várias iniciativas da Ucrânia, nomeadamente a do Tribunal Internacional para que a Rússia seja constituída arguida.

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia referiu: “Discutimos o apoio militar, a assistência militar e toda a dinâmica da guerra”, e indicou que os países estão “alinhados em relação à Ucrânia restaurar a sua integridade territorial”.

Dmytro Kuleba divulgou que convidou Portugal a juntar-se à coligação de aviões de combate, começando pela formação dos pilotos ucranianos”. O Ministro indicou que tem vindo a insistir para que cheguem os aviões ocidentais (F16) à Ucrânia, e que está convencido que isso vai acontecer, e que agora é o momento para a formação dos pilotos.

Sobre adesão da Ucrânia à NATO o Ministro ucraniano referiu que verificou haver “um entendimento comum sobre este aspeto” e acrescentou: “Apreciei o apoio desenvolvido por Portugal junto da União Europeia” e “em particular à abertura das conversações de adesão, ainda este ano”.

Sobre a fórmula para a obtenção da paz “concordamos como coordenar os nossos esforços no sentido de envolvermos os países da América Latina, de África e da Ásia com a Ucrânia” referiu Dmytro Kuleba, e acrescentou que há dois princípios fundamentais exigidos pela Ucrânia: a integração integral do território ucraniano de acordo com a lei internacional ou seja “nenhuma mediação deverá implicar qualquer exigência do território da Ucrânia”, e o segundo princípio é que “nenhuma mediação poderá partir do pressuposto que teremos de congelar o conflito”.

João Gomes Cravinho, divulgou também que Portugal está a organizar uma conferência com a Ucrânia e com a Estónia, a ter lugar em julho, sobre o trabalho a desenvolver numa região na Ucrânia, ligado à reconstrução de escolas.

O Ministro João Cravinho indicou ainda que Portugal poderá auxiliar a “construir uma ponte para que a Ucrânia atinja outras partes do mundo”, dado que Portugal “possui relações muito estreitas e muito frequentes com partes do continente africano e da américa latina” e aí tentar explicar a situação da Ucrânia.