União Europeia e EUA querem apoiar Corredor Transafricano

Corredor Transafricano, a ligar a República Democrática do Congo e a Zâmbia ao porto do Lobito, em Angola, recebe o interesse de apoio da União Europeia e dos EUA no seu desenvolvimento. Uma linha férrea para exportações minerais e agrícolas.

União Europeia e EUA querem apoiar Corredor Transafricano
União Europeia e EUA querem apoiar Corredor Transafricano

A União Europeia e os Estados Unidos da América querem apoiar o desenvolvimento do Corredor Transafricano, que liga o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e mundiais através do porto de Lobito em Angola.

Um apoio através do lançamento de estudos de viabilidade sobre a expansão de uma nova linha ferroviária entre a Zâmbia e Angola. Uma parceria para uma infraestrutura que a UE e os EUA consideram ser uma enorme evolução e com investimento a nível mundial, que numa abordagem colaborativa é suscetível de ser replicada noutros corredores estratégicos no resto do mundo.

Também uma parceria UE-EUA vai permitir melhorar as infraestruturas críticas em toda a África Subsariana e contribuir para desbloquear o enorme potencial da região. Assim, a parceria é para unir esforços, que a UE e os EUA consideram ir gerar benefícios económicos para em Angola, na República Democrática do Congo e na Zâmbia.

Em comunicado conjunto da União Europeia e dos EUA indicam que a parceria combinará recursos financeiros e conhecimentos técnicos para acelerar o desenvolvimento do Corredor Transafricano, incluindo investimentos no acesso digital e nas cadeias de valor agrícolas, que irão aumentar a competitividade regional.

“Como próximo passo imediato, a União Europeia e os Estados Unidos irão apoiar os governos no lançamento de estudos de pré-viabilidade para a construção da nova linha ferroviária entre a Zâmbia e o Lobito a partir do leste de Angola através do norte da Zâmbia”, refere o comunicado.

A estrutura de transporte irá reforçar as possibilidades de exportação da Zâmbia, de Angola e da República Democrática do Congo, e impulsionará a circulação de mercadorias a nível regional e a mobilidade dos cidadãos. Uma linha ferroviária que reduzirá os tempos de viagem, os custos logísticos e a pegada de carbono da exportação de metais, produtos agrícolas e outros produtos. A UE e os EUA consideram que é uma infraestrutura que irá apoiar um desenvolvimento futuro com eventuais descobertas de novas jazidas minerais.

A União Europeia e os Estados Unidos assumem que têm a intenção de explorar a cooperação em três domínios específicos:

i) investimentos em infraestruturas de transporte;

ii) medidas para facilitar o comércio, o desenvolvimento económico e o trânsito;

iii) apoio a setores conexos para promover um crescimento económico inclusivo e sustentável e investimentos de capital em Angola, na Zâmbia e na República Democrática do Congo a mais longo prazo.

Em concreto consideram o desenvolvimento de projetos de energias limpas para aumentar o aprovisionamento energético das comunidades circundantes, o apoio ao investimento diversificado em minerais críticos e nas cadeias de abastecimento de energias limpas, a expansão do acesso digital, o aumento das cadeias de valor agrícolas para promover a produção local de alimentos necessários para as populações da região em expansão e para fazer face à insegurança alimentar global, bem como o aumento da formação da mão-de‑obra local e o apoio às pequenas e médias empresas e à diversificação da economia.