Veículos autónomos desafiam condutores

Estudo da Goodyear e da School of Economics and Political Science, de Londres, indica que os condutores têm diferente aceitação de veículos autónomos aos níveis de conforto, segurança, comportamento e controlo.

Veículos autónomos desafiam motoristas
Veículos autónomos desafiam motoristas

Com a tecnologia da mobilidade autónoma a evoluir, a empresa Goodyear, em colaboração com a School of Economics and Political Science, de Londres, fez um estudo junto de condutores de 11 países europeus sobre o que poderá ser o futuro da mobilidade com veículos autónomos.

O estudo concluiu que 26% dos condutores considerariam usar um veículo autónomo, e 29% referiu que não teriam qualquer problema em partilhar a estrada com este tipo de veículos. Por outro lado, 44% indicaram que teriam algum desconforto quando sentados num veículo autónomo, e 41% referiram alguma reserva na partilha da estrada com estes veículos.

Ao nível da segurança, o estudo indica que 43% dos condutores consideram os veículos autónomos seguros, discordando apenas 19%. A confiança nos veículos autónomos deve-se ao reconhecimento de que a maioria dos acidentes são causados por erro humano. No entanto, as preocupações com a tecnologia persistem, e 73% dos condutores indicam que os “veículos autónomos podem funcionar mal.”

Numa perspetiva de comportamento, os condutores consideram que os veículos autónomos devem ser “bem-comportados” e respeitar as regras da estrada. Neste caso, os condutores vêem potencial no recurso a veículos autónomos para “eliminar” o “mau comportamento” de outros condutores.

Ainda sobre o comportamento, 37% dos condutores indicam que os veículos autónomos vão executar uma boa condução, e 21% referem o contrário, e indicam que “as máquinas não têm emoções para que possam ser melhores condutores do que os humanos”. Ao mesmo tempo, 60% mostraram preocupação, dado que, “as máquinas não têm o senso comum necessário para interagir com os humanos.”

Na abordagem à sociabilidade, os condutores mais abertos aos veículos autónomos são os que, em média, têm uma visão mais ‘combativa’ da estrada e estão ansiosos sobre com o comportamento de outros condutores. Os entrevistados menos abertos aos veículos autónomos são aqueles que, em média, são condutores mais sociáveis que gostam de interagir com outros condutores.

Sobre o controlo do veículo, o estudo refere que 70% dos condutores concordaram que “os seres humanos devem ter o controlo dos seus veículos” e “80% indicaram que mesmo nos veículos autónomos, o condutor deve manter o controlo do volante”.

No que diz respeito a inovação, a maioria dos condutores, ou seja, 64% é favorável a ‘pneus inteligentes’ com sensores capazes de avaliar as condições rodoviárias e meteorológicas.