Fitch sobe rating e tira a dívida de Portugal do ‘lixo’

Agência Fitch alterou o rating da dívida portuguesa para grau de investimento, aumentando de uma só vez dois escalões, de BB+ para BBB.

Edifício do Ministério das Finanças
Edifício do Ministério das Finanças. Foto: ©Rosa Pinto

A agência Fitch subiu a classificação da dívida da República Portuguesa em dois escalões, de BB+ para BBB. É a primeira vez que uma das três principais agências de rating aumenta em dois escalões a avaliação da dívida soberana portuguesa, num só momento.

Mário Centeno, Ministro das Finanças, referiu, citado em comunicado, que “esta classificação reflete o trajeto de controlo da despesa pública e de melhoria da balança corrente. É o reconhecimento das opções de política económica do Governo português.”

O Ministro refere ainda que “a magnitude sem precedentes desta reavaliação foi possível”, pela “recente inflexão positiva e estrutural verificada em áreas chave”, como “a robustez do crescimento desde meados de 2016; o dinamismo da criação de emprego e a queda do desemprego para 8,5%; o recente fortalecimento do setor financeiro; a perspetiva constante do cumprimento das metas orçamentais e a firme e sustentável redução da dívida pública que começou a ser registada no corrente ano.”

Agora a decisão da Fitch, que se junta às da Standard and Poor’s e DBRS, coloca a dívida soberana portuguesa firmemente classificada em grau de investimento.

O Ministério das Finanças (MF) considera que esta “avaliação positiva alarga a base de investidores na dívida da República Portuguesa e vai permitir a entrada da dívida em mais índices de dívida soberana. Mas além de favorecer as condições de financiamento da República, esta avaliação favorece também as condições de financiamento das famílias e das empresas portuguesas.”

“O Governo acreditou, sempre, que os esforços levados a cabo por Portugal ao longo dos anos deveriam colher este reconhecimento atingido com base num modelo económico sólido, equilibrado e inclusivo”, refere o MF em comunicado.

Para o MF “o percurso, cada vez mais valorizado por agentes institucionais e privados, deve ser prosseguido”, pelo que o MF indica que “o Governo reitera o compromisso de dar continuidade à aposta na sustentabilidade da consolidação orçamental e do crescimento inclusivo.”