Pessoas tóxicas

Seremos um povo de lamúrias? No relatório Anual de felicidade, das Nações Unidas, Portugal ocupa a 56º lugar. Joaquim Jorge refere-se, neste seu artigo, a pessoas “tóxicas”, mas também a antídotos para nos libertarmos dessa “doença infeciosa”.

Joaquim Jorge, Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores
Joaquim Jorge, Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores. Foto: DR

As pessoas com quem convivemos afetam-nos, ora pela positiva, ora pela negativa. Devemos fugir de pessoas que estão sempre mal-humoradas ou que só falam de doenças ou da sua vida. No fundo são pessoas zangadas com a vida, com multas doenças ou egocêntricas compulsivas.

Há pessoas que não têm ouvidos, só têm boca: falam, falam, e não entendem que ninguém está para aturá-las e ouvi-las. As pessoas querem lá saber o que lhe aconteceu ou a preocupa, às vezes, os que estão a ouvir têm problemas muito mais intricados e complexos.

Todos nós temos uma vida que nem sempre é fácil, não podemos estar sempre a relatar e a lamentar-nos de tudo que se passa connosco. Viver, só por si, é difícil, mas temos que levar a nossa vida para a frente. A vida de cada um de nós, com mais ou menos nuances, é semelhante à vida de outras pessoas e, passa pelas mesmas fases em períodos da nossa existência.

Essas pessoas provocam-nos mal-estar, quer no trabalho, quer em convivência que nos esgotam. Infelizmente as pessoas que transmitem carga negativa contagiam o ambiente ao seu redor.

Há, no entanto, antídotos para reduzir o efeito nefasto do que nos incomoda ou não estamos a gostar. O mais simples é fugir destas pessoas, outro é dizer a essas pessoas para mudarem de assunto e falarem de coisas positivas.

Outro fenómeno tóxico é consumir na televisão notícias negativas, influenciam o nosso humor e estado de espírito. O que se tem a fazer é mudar de canal e ver, por exemplo, o Wild ou um bom filme.

Temos que gostar de nós próprios, procurar alguma serenidade, não nos deixarmos influenciar por cargas negativas e tóxicas. O distanciamento emocional é a chave.

Uma das coisas é aconselhar a pessoa com quem estamos a mudar de assunto ou a consciencializá-la que as coisas não são assim tão dramáticas.

Porém, quando nós estamos com problemas, muitas vezes devemos saber reconhecer que o melhor é estarmos sozinhos para não incomodarmos outras pessoas. Gerir bem esse problema, distanciarmo-nos, dando algum tempo e fazer com que ele passe. No fundo colocá-lo no frigorífico, para os ânimos e as emoções acalmarem.

Moral desta questão, procurar pessoas que estão de bem com a vida e irradiam alguma felicidade.

Autor: Joaquim Jorge, Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores