Variante do coronavírus da África do Sul está a espalhar-se pelos países

Número de mortes por COVID-19 está a aumentar em África, à medida que novas variantes mais contagiosas do vírus se espalham para outros países. A variante da Africa do Sul está a sobrecarregar os sistemas de saúde, alerta a Organização Mundial da Saúde.

Variante do coronavírus da África do Sul está a espalhar-se pelos países
Variante do coronavírus da África do Sul está a espalhar-se pelos países

Variante do coronavírus da Africa do Sul está a alimentar um aumento de casos de infeção na Africa do Sul e na sub-região, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma variante que já foi identificada no Botswana, Gana, Quénia, região francesa do Oceano Índico de Mayotte, Zâmbia e em mais 24 países não africanos.

A variante sul-africana ou 501Y.V2 “espalhou-se rapidamente para fora de África“ afirmou Matshidiso Moeti, Diretor Regional para a África da OMS, e acrescentou: “agora muito provavelmente está a circular em vários países africanos”.

Na última semana ocorreram mais de 175.000 novos casos de COVID-19 e mais de 6.200 mortes foram relatados em África. Entretanto as infeções aumentaram 50% no continente entre 29 de dezembro de 2020 e 25 de janeiro de 2021 em comparação com as quatro semanas anteriores.

Na semana passada, houve uma pequena queda nos números de casos na África do Sul, mas 22 países continuam a ver o número de casos aumentar. As mortes aumentaram duas vezes no mesmo período de quatro semanas, com mais de 15.000 concentradas em 10 países, principalmente do sul e do norte da África.

Também a variante do Reino Unido já foi identificada na Gâmbia e na Nigéria. Em face da situação a OMS está a trabalhar para rastrear e lidar com as novas variantes ajudando os países a construir e a aumentar as complexas capacidades de vigilância genómica necessárias para detetar e responder a novas variantes, enviando amostras para laboratórios de sequenciamento e fornecendo suprimentos e orientação técnica.

A OMS apela a todos os países para enviarem pelo menos 20 amostras para laboratórios de sequenciamento todos os meses para ajudar a mapear a situação em rápida evolução.

“Além das novas variantes, a fadiga do COVID-19 e as consequências dos encontros de fim de ano correm o risco de gerar uma tempestade perfeita e aumentar a segunda onda em África e sobrecarregar as instalações de saúde”, referiu o Diretor Regional para a África da OMS.

“África está numa encruzilhada. Devemos manter nossas armas e dobrar as táticas que sabemos que funcionam bem. Isso é usar máscara, lavar as mãos e fazer distanciamento social com segurança. Incontáveis ​​vidas dependem disso”, indicou Matshidiso Moeti.