Investigação revela alvo terapêutico promissor para controlo da hipertensão

Investigação revela alvo terapêutico promissor para controlo da hipertensão
Investigação revela alvo terapêutico promissor para controlo da hipertensão. Foto: Rosa Pinto

Um transportador de aminoácidos está associado a um maior risco de hipertensão e pode ser direcionado para a redução da pressão arterial, conclui estudo de análise de dados de coortes populacionais na China e no Reino Unido, bem como novas experiências envolvendo ratos de laboratório.

Os resultados do estudo já publicado na revista “Science Translational Medicine” mostram um novo alvo promissor para o tratamento da hipertensão arterial, uma das principais causas de morte e incapacidade.

A hipertensão arterial afeta um terço da população adulta global e aumenta o risco de uma infinidade de doenças que afetam o coração, os rins e o cérebro. Existem tratamentos disponíveis para a hipertensão arterial, mas são necessárias opções mais eficazes que a controlem de forma eficaz e mais permanente.

Em estudos recentes foi sugerida a existência de uma ligação entre a hipertensão arterial e certos aminoácidos, bem como as moléculas que os transportam nas células. O investigador Chunxiu Du e outros investigadores envolvidos no estudo examinaram o papel do transportador de aminoácidos SLC38A2 na hipertensão.

No estudo os investigadores descobriram que os murinos sem SLC38A2 nas suas células endoteliais apresentaram uma pressão arterial mais baixa do que outros animais normais. Além disso, a inibição do SLC38A2 com um composto denominado MeAIB reduziu a pressão arterial em dois modelos murinos de hipertensão, incluindo um alimentado com uma dieta rica em sal.

Os investigadores verificaram que a análise de células individuais revelou que a exclusão do SLC38A2 reduziu a pressão arterial, aumentando a síntese de óxidos nítricos, que relaxam os vasos sanguíneos e promovem o fluxo sanguíneo.

Da descoberta em murinos a equipa de investigadores analisaram os dados de duas coortes na China, de 1.311 indivíduos no total, e de um grupo do UK Biobank de 99.262 indivíduos. A equipa relacionou uma variante no gene que codifica o SLC38A2 com um maior risco de hipertensão, indicando que o papel deste transportador na regulação da pressão arterial é conservado em humanos.