No Parlamento Europeu a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen defendeu a posição da União Europeia (UE) em relação ao Plano de Paz proposto para a Ucrânia. Como vem defendendo qualquer acordo de paz tem o objetivo criar uma paz justa e duradoura.
“Uma paz que ponha fim a este conflito e não lance as sementes para novos conflitos futuros”, referiu Ursula von der Leyen, mas assegure “uma arquitetura de segurança forte e sustentável” para a Europa. “Uma arquitetura assente numa Europa forte, numa NATO forte e numa parceria transatlântica sólida. E é isso que defenderemos ao lado da Ucrânia e dos nossos aliados em cada passo do caminho.”
Para a Presidente da Comissão Europeia estão estabelecidas prioridades para qualquer acordo, para proporcionar uma paz justa e duradoura:
■ “Deve garantir uma segurança real para a Ucrânia e para a Europa. Como nação soberana, não pode haver limitações às forças armadas da Ucrânia que deixem o país vulnerável a futuros ataques. E isto diz respeito tanto à dissuasão como à segurança da Europa. Porque a segurança da Ucrânia é a segurança da Europa”, disse a líder da Comissão Europeia.
Assim, “a Ucrânia necessita de garantias de segurança robustas, a longo prazo e credíveis como parte de um pacote mais vasto para dissuadir e impedir quaisquer futuros ataques da Rússia. E é igualmente claro que qualquer acordo de paz precisa de garantir que a segurança europeia é assegurada a longo prazo.”
■ Como segunda prioridade está a defesa da soberania da Ucrânia, e a Presidente da Comissão Europeia afirmou: “Precisamos de deixar claro que não pode haver uma divisão unilateral de uma nação europeia soberana. E que as fronteiras não podem ser alteradas pela força.”
Assumindo que “a Ucrânia escolheu um destino europeu”, o que “já levou à integração parcial no nosso Mercado Único e na nossa base industrial de defesa. E este é apenas o início de uma viagem. O futuro da Europa está ligado ao futuro da Ucrânia. E, por isso, o futuro da Ucrânia reside na União Europeia. Isto não é apenas uma questão de destino. É uma parte fundamental e essencial de qualquer estrutura de garantia de segurança”. Por isso, a líder europeia afirmou: “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para a concretizar em conjunto.”
■ Como terceira prioridade está “garantir as necessidades financeiras da Ucrânia”, para a Ucrânia ter os meios financeiros necessários, e referiu: “No último Conselho Europeu, comprometemo-nos a cobrir as necessidades financeiras da Ucrânia para 2026 e 2027.” No entanto, indicou que irá apresentar a uma opção que passa pelo uso dos ativos imobilizados russos“.
Pois, para a Presidente da Comissão Europeia não é possível “vislumbrar nenhum cenário em que os contribuintes europeus, sozinhos, suportem os custos. Isto também é inaceitável. E outra coisa que precisa de ficar clara é que qualquer decisão sobre isto deve ser tomada em conformidade com as normas das jurisdições responsáveis e respeitar o direito europeu e internacional.”
■ E como quarta prioridade a líder europeia indicou que seja qual for ”o formato de um futuro tratado de paz, é evidente que grande parte da implementação dependerá da União Europeia e dos parceiros da NATO. Seja em relação às garantias de segurança, às sanções, ao financiamento da reconstrução da Ucrânia, à integração no Mercado Único ou à adesão à UE. Um princípio foi aceite: nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. Nada sobre a Europa sem a Europa. Nada sobre a NATO sem a NATO.”














