Um acordo entre a Comissão Europeia e a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai permitir reforçar a resposta global à resistência antimicrobiana. A parceria, que envolve 3,5 milhões de euros no âmbito do programa EU4Health, irá apoiar “a OMS na monitorização do desenvolvimento de antimicrobianos e contramedidas médicas, na elaboração de orientações para novas inovações antibacterianas e na implementação das Listas de Patógenos Prioritários da OMS para orientar a investigação e os esforços de saúde pública a nível global, regional e nacional”.
“A resistência antimicrobiana é uma ameaça grave, mas silenciosa, que causa mais de 35.000 mortes anualmente só na União Europeia (UE). Este acordo entre a Comissão e a OMS apoiará a investigação de alto impacto e as iniciativas globais de saúde para prevenir e controlar a resistência antimicrobiana. Juntamente com a OMS, reforçamos a nossa capacidade de prevenir, preparar e proteger a saúde das pessoas”, afirmou Hadja Lahbib, Comissária Europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises.
Para a Comissão Europeia, o acordo também “impulsiona a investigação em terapia com bacteriófagos (fagos), um tratamento inovador que utiliza vírus para atacar e eliminar bactérias.”
Verifica-se que “a terapia com fagos está a ressurgir como uma ferramenta promissora devido ao potencial para atingir especificamente bactérias resistentes a medicamentos e complementar os tratamentos com antibióticos.”
O acordo irá também permitir a definição de melhores práticas para a investigação em terapia com fagos e garantir a sua aplicação segura e eficaz, e ainda promover um melhor acesso a antibióticos, tanto novos como os já existentes.
Os sistemas de saúde reconhecem que a resistência antimicrobiana é uma ameaça crescente e importante para a saúde, por isso a Comissão Europeia tornou-a “uma prioridade desde 2022 e está a trabalhar em estreita colaboração com a OMS para desenvolver novas contramedidas médicas e reforçar a resposta global.”














