Secar as mãos com papel evita propagação de infeções

Estudo de investigação demonstra que uso de papel para secagem de mãos em sanitários públicos é a melhor opção higiénica para evitar a propagação de infeções por micro-organismos.

European Tissue Symposium
European Tissue Symposium. Infografia: © DR

Investigadores da Universidade de Westminster e da Universidade de Leeds e ‘Leeds Teaching Hospitals’, no Reino Unido, desenvolveram um estudo de investigação sobre a propagação de bactérias e vírus ligado aos modelos de secagem das mãos.

Keith Redway, microbiologista da Universidade de Westminster, apresentou no ‘European Tissue Symposium’, em Amesterdão, os resultados do estudo de investigação que indica que o uso único de toalhas de papel oferece a opção mais higiénica para a secagem das mãos nos sanitários públicos.

O estudo avaliou métodos de secagem das mãos a seguir à lavagem de forma a prevenir a propagação da infeção por micro-organismos. Para isso compararam três métodos diferentes de secagem de mãos: por secadores de jato de ar, por secadores de ar quente e por toalhas de papel. Para comparação mediram a propagação do vírus no ar, em distância e altura.

“Nós encontramos uma enorme diferença entre os secadores de jato de ar e os secadores de ar quente”, explicou Keith Redway, e acrescentou que os “secadores de jato de ar forçam o ar a velocidades de 600 km por hora e têm maior potencial para espalhar vírus a maior altura e a maior distância”.

O investigador referiu ainda que “os vírus dispersos pelos secadores de jato de ar também foram encontrados a flutuar no ar durante mais tempo, aumentando assim o risco de transmissão”.

Mark Wilcox, da Universidade de Leeds, referiu que uma das formas de propagar os micro-organismos é através das mãos, e que os resultados do estudo “mostram que os secadores de jato de ar espalham 4,5 vezes mais micro-organismos que os secadores de ar quente, e quase 30 vezes mais do que quando se usam toalhas de papel.

O microbiologista e responsável pelo estudo no ‘Leeds Teaching Hospitals’ indicou que “ao longo de um período de sete dias, um sanitário no hospital com toalhas de papel apresentou níveis mais baixos de contaminação por bactérias que outro sanitário semelhante, mas com secadores de jato de ar”.

Keith Redway referiu que os resultados da investigação sugerem que no combate à propagação de infeções por micro-organismos “a higiene é a principal preocupação, e a escolha dos métodos para secar as mãos deve ser cuidadosamente considerada”.