Uma equipa de investigação de Quebec, no Canadá, já está a testar um dispositivo que vai reduzir o tempo de resposta para a deteção do COVID-19. “Em questão de minutos, o dispositivo pode indicar se a amostra contém anticorpos contra o coronavírus, uma operação que atualmente leva várias horas”, referiu Jean-François Masson, da Universidade de Montreal.
O especialista em instrumentação biomédica, Jean-François Masson, está trabalhar com a especialista de química, Joelle Pelletier, da Universidade de Montreal, como parte de uma equipa liderada pelo professor de química Denis Boudreau, da Universidade Laval, e que inclui também o cientista chinês Qing Huang, que trabalhou na deteção do vírus ébola.
Os cientistas têm boas razões para acreditar que seu teste de COVID-19 será bem-sucedido, dado que já detêm a experiência de terem antes trabalhado num protótipo capaz de detetar reações alérgicas a um medicamento para leucemia, e com resultados positivos.
No entanto, consideram que o novo dispositivo para a deteção da COVID-19 não vai ser o decisor durante a ofensiva atual contra a pandemia, dado que “na melhor das hipóteses, teremos um dispositivo confiável dentro de um ano, para a próxima onda da epidemia, se necessário”, referiu Jean-François Masson.
Útil para novas ameaças virais
Dada sua abordagem radicalmente diferente dos testes atualmente em uso, o protótipo também pode ser útil para novas ameaças virais, referiu o cientista.
A tecnologia pode ser usada para determinar a imunidade de certos indivíduos ao COVID-19, como “um profissional de saúde que deseja saber se ele ou ela é imune”, observou Jean-François Masson.
Embora os dispositivos atuais devam confiar na análise de ADN do genoma do COVID-19 retirado da laringe dos pacientes, o novo sistema tenta detetar os anticorpos reais do paciente – uma grande diferença que o torna muito mais rápido de usar.
Teste em hospitais
O dispositivo já foi testado em laboratórios de investigação hospitalar no Canadá, e particularmente interessante para os profissionais de saúde dado que pode ser usado fora dos laboratórios.
O novo instrumento baseia-se no conhecimento existente sobre o COVID-19 em conjunto com a análise genómica e envolve a colaboração de vários investigadores num esforço para conter a pandemia.
“A chave para nossa abordagem de desenvolvimento é nosso esforço internacional coletivo com hospitais e centros de investigação na China”, afirmaram os investigadores.
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