Doentes com Esclerose Múltipla querem acesso a medicamentos inovadores

Em Carta Aberta os doentes de Esclerose Múltipla pedem maior acesso a medicamentos inovadores que estabilizam a doença e permitam uma maior qualidade de vida, e pedem medidas que permitam uma vida digna para os doentes, familiares e cuidadores.

Doentes com Esclerose Múltipla querem acesso a medicamentos inovadores
Doentes com Esclerose Múltipla querem acesso a medicamentos inovadores. Foto: © Rosa Pinto/arquivo

Acesso aos medicamentos inovadores, capazes de travar a progressão da Esclerose Múltipla (EM) bem como uma maior consciencialização para a doença, são duas das medidas que associações representativas dos cidadãos com EM, os familiares e cuidadores reivindicam numa Carta Aberta.

A Carta Aberta de Princípios Orientadores para Tratar, Gerir e Cuidar o Cidadão com Esclerose Múltipla, tem como objetivo “transmitir à sociedade os anseios, as expectativas, as necessidades que permitam garantir a todos uma vida digna, sem estigmas nem constrangimentos e com uma plena integração na comunidade”.

O documento apresentado, hoje, dia 19 de setembro, em Lisboa, na sede da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), inclui “vários princípios que pretendem assegurar que os portugueses que vivem com esta doença neurológica crónica, inflamatória e degenerativa, que afeta todos os aspetos da vida da pessoa desde o seu diagnóstico, de forma permanente e progressiva, tenham assegurados os seus direitos enquanto cidadãos”.

Alexandre Guedes Silva, presidente da SPEM, referiu: “É muito importante que os doentes com EM tenham acesso aos medicamentos inovadores, que estabilizam a doença e permitem uma maior qualidade de vida, não só para quem tem o diagnóstico, mas para todos aqueles que os acompanham”.

O presidente da SPEM esclareceu que “esta semana foram apresentados resultados muito importantes com diversos medicamentos, num Congresso internacional de Esclerose Múltipla (ECTRIMS), que infelizmente ainda não estão disponíveis para os doentes portugueses”.

E acrescentou: “Há estudos que mostram, por exemplo, que é possível manter autonomia e adiar a utilização de cadeira de rodas, se os tratamentos adequados forem utilizados desde o início da doença. Isto tem um impacto muito significativo na vida das pessoas e das suas famílias. Temos de assegurar que os doentes portugueses têm acesso a estes tratamentos”.