Empresários que regressem da Venezuela têm apoio financeiro de 50 milhões de euros

Linha "Regressar Venezuela" disponibiliza 50 milhões de euros para empresários que regressem a Portugal. O apoio financeiro destina-se à criação de empresas ou para aquisição de participações em empresas já existentes.

Empresários que regressem da Venezuela têm apoio financeiro de 50 milhões de euros
Empresários que regressem da Venezuela têm apoio financeiro de 50 milhões de euros. Foto: © TVEuropa

A Linha “Regressar Venezuela”, que disponibiliza uma linha de crédito de 50 milhões de euros aos empresários portugueses regressados da Venezuela e que pretendam criar novos negócios ou adquirir partes sociais de empresas existentes, foi lançada hoje.

Os financiamentos beneficiam de garantia de 75%, que é prestada pelas Sociedades Regionais de Garantia Mútua. Cabe à entidade coordenadora do Sistema Português de Garantia Mútua (SGPM) a gestão desta linha, em articulação com o IAPMEI e o Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE IP-RAM).

Os financiamentos podem ser contratados junto das oito instituições de crédito que aderiram a esta linha, e que inclui: CGD, BPI, Novo Banco, Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Montepio, BCP, Santander e Euro BIC.

A partir de agora os empresários têm, ao abrigo deste instrumento, possibilidade de aceder a “um financiamento com um prazo de até 8 anos, com um período de carência de capital até 2 anos e uma taxa de juro calculada pela soma da Euribor com um ‘spread’ máximo de 3,25%.”

O montante de financiamento não pode ultrapassar 1 milhão de euros por empresa no caso do capital ser detido maioritariamente por empresários regressados da Venezuela, nem pode ser superior a 500 mil euros por empresário.

A linha de financiamento está disponível em todos os municípios do continente e na Região Autónoma da Madeira. “Podem aceder a esta linha as Micro, Pequenas e Médias empresas cujo capital social seja detido em mais de 50% por empresários regressados da Venezuela, sem atividade empresarial em Portugal há mais de 6 meses, que comprovem que exerciam atividade empresarial com participação no capital de sociedade comercial na Venezuela.”

Para o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, este instrumento de apoio aos “empresários que regressam da Venezuela na criação de empresas ou na aquisição de participações em empresas existentes, reconhece o potencial empreendedor da comunidade emigrante e a importância de criar condições ao seu regresso a Portugal, que valorizem também económica e socialmente as suas regiões de acolhimento.”

Pedro Siza Vieira acrescentou: “Trata-se, nesse sentido, de um apoio financeiro a uma comunidade afetada pela evolução política, económica e social na Venezuela, a retomar a sua vida em Portugal e a contribuir com o seu espírito empreendedor para a atividade económica e para a criação de riqueza”.