Galinhas ‘substitutas’ podem salvar galinhas raras ou em extinção

Investigadores desenvolveram galinhas geneticamente modificadas, as chamadas galinhas ‘substitutas’ ou de ‘aluguer’, que podem vir a ser usadas para produzir ovos de raças de galinhas raras ou em extinção.

Foto: © Norrie Russell, The Roslin Institute

Uma equipa de investigadores liderados pelo Instituto Roslin da Universidade de Edimburgo usou uma ferramenta genética chamada TALEN para excluir uma seção de ADN da galinha.

Os investigadores marcaram parte de um gene, designado por DDX4, que é crucial para a fertilidade das aves, e verificaram que as galinhas com a modificação genética foram incapazes de produzir ovos, no entanto permanecendo saudáveis.

O gene DDX4 desempenha um papel essencial na geração de células especializadas – chamadas células germinativas primordiais – que dão origem aos ovos.

Os investigadores indicam que as células germinativas primordiais originárias de outras raças podem ser implantadas nas galinhas geneticamente modificadas, à medida que elas se desenvolvem dentro de um ovo. Depois de nascerem, estas galinhas ‘substitutas’ irão produzir ovos que contêm toda a informação genética das raças dadoras.

Investigadores consideram que a utilização de técnicas de edição de genes poderá ajudar a aumentar a criação de aves ameaçadas de extinção, bem como melhorar a produção de galinhas comerciais.

As galinhas de ‘aluguer’ são as primeiras aves geneticamente modificadas a serem produzidas na Europa. Um projeto que também envolveu cientistas da empresa de biotecnologia Recombinetics.

Para Mike McGrew, do Instituto Roslin, as galinhas de ‘aluguer’ “são o primeiro passo para salvar e proteger raças raras de aves de capoeira, e assim preservar no futuro a biodiversidade das nossas aves de capoeira, tanto do ponto de vista económico como do impacto climático”.

O estudo que foi financiado pelo Conselho de Investigação de Ciências Biológicas e Biotecnologia do Reino Unido já se encontra publicado na revista ‘Development’ .