O Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, referiu que “os serviços da Agência devem continuar desobstruídos até que haja uma solução justa e duradoura para a situação dos refugiados palestinianos”. A UNRWA é uma Agência das Nações Unidas que trabalha no apoio à população nos territórios palestinianos ocupados.
“As restrições ilegais ao trabalho da UNRWA e de outras organizações dificultam a prestação de assistência às pessoas necessitadas” referiu Philippe Lazzarini, e acrescentou: “As leis aprovadas pelo Parlamento de Israel contra a UNRWA afetam a capacidade da agência para cumprir o seu mandato”, “obstruindo a prestação de serviços essenciais de socorro e ajuda.”
“Desde que estas restrições entraram em vigor, no final de janeiro, a equipa internacional da UNRWA não recebeu vistos para entrar em Israel. Isto proíbe-os de entrar na Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e na Faixa de Gaza, onde mais de 2 milhões de pessoas dependem dos serviços e assistência da Agência”, referiu o Comissário-Geral da UNRWA.
“Várias instalações da UNRWA, incluindo escolas na Jerusalém Oriental ocupada, estão também ameaçadas pelas ordens de encerramento das autoridades israelitas. Cerca de 800 crianças provavelmente perderão a oportunidade de terminar o ano letivo se as suas escolas forem encerradas à força”, descreve Philippe Lazzarini.
O Comissário-Geral da UNRWA concluiu: “Enquanto potência ocupante, o Estado de Israel deve prestar serviços ou facilitar a sua prestação — incluindo através da UNRWA — à população que está a ocupar. Esta é uma orientação clara da comunidade internacional, através da Assembleia Geral da ONU.
Todas as partes em conflito, incluindo o Estado de Israel, devem cumprir todas as suas obrigações perante o direito internacional em todos os momentos. Devem respeitar e proteger o pessoal das Nações Unidas em todos os momentos.”
