O Swiss Talent Forum que já na sétima edição decorre este ano sobre o tema ‘O Futuro da Vida Urbana‘. O evento reúne jovens estudantes de toda a Europa para participar em palestras, workshops e responder a desafios colocados por empresas. Este ano cinco empresas vão colocar desafios empresariais aos jovens, para encontrem as melhores soluções.
De entre os vários desafios: Projetar ambientes urbanos mais inteligentes, mais sustentáveis em relação ao consumo de energia e às emissões de C02 e construir sociedades inclusivas que promovam a participação de todos, são desafios a serem colocados. Os jovens devem dar, às empresas, respostas inovadoras e criativas.
A organização do Swiss Talent Forum indica que “o objetivo do encontro é reunir estudantes de toda a Europa para debater o futuro da vida nas cidades. Ao criar um espaço de interação e debate estamos a contribuir para a promoção do desenvolvimento urbano sustentável.”
O Swiss Talent Forum “coloca estudantes entre os decisores, especialistas, investigadores e gestores para debater o tipo de espaço que desejamos criar para a sociedade urbana do futuro”.
Os cinco desafios a que os jovens cientistas devem responder às empresas são:
Desafio 1: Desafio Smart Cities
Futuras cidades precisam ser projetadas e construídas de forma inteligente. As cidades devem fornecer um ambiente sustentável num contexto de rápido crescimento urbanístico.
Desafio 2: Desafio casas inteligentes
O mundo e nossa vida diária está cada vez mais digital. O impacto do digital verifica-se em todos os setores da nossa economia. Qual o impacto, as oportunidades e os riscos que enfrentaremos no futuro? Vivemos a era dos produtos inteligentes: iluminação controlada remotamente em qualquer lugar, música que toca automaticamente em todos os quartos de acordo com suas preferências de cada um dos moradores, sensores que alertam, entre outros. Qual o impacto das novas tecnologias na nossa qualidade de vida?
Desafio 3: Desafio de resiliência urbana
Um dos desafios das futuras cidades passa por encontrar maneiras de garantir que o ambiente urbano permanecerá sempre sustentável e funcional antes, durante e após situações de desordem. Este é o principal objetivo da chamada resiliência urbana. As cidades e as áreas urbanas são consideradas resilientes quando suas estruturas físicas, sistemas políticos e governamentais continuam a funcionar como apoio ao bem-estar do residente antes, durante e após situações de conflitos sociais, políticos ou simplesmente causas naturais.
Desafio 4: Desafio do consumo de energia
Apesar do crescimento das energias renováveis, os combustíveis fósseis continuarão a existir. Assim, deve ser dada especial atenção à qualidade do ar e às emissões de gases poluentes, pois os impactos no ambiente e na saúde continuarão a agravar-se. Com as novas cidades devem nascer novas políticas ambientais e tecnologias de controlo de poluição.
Desafio 5: Desafio da hospitalidade urbana
Os fluxos migratórios estão em constante crescimento, bem como a diversidade da migração e a situação dos recém-chegados (refugiados, trabalhadores ilegais, expatriados, migrantes circulatórios, turistas etc.). A hospitalidade urbana está relacionada com a forma como a cidade se organiza a nível social, político, e económico para acolher um recém-chegado. Um dos principais modelos históricos de hospitalidade urbana estava relacionado a existência de bairros pobres e geralmente clandestinos onde os migrantes eram temporariamente ou permanentemente residentes. Estarão as cidades preparadas para lidar com os fluxos migratórios?
Na sétima edição do Swiss Talent Forum a representação de Portugal está a cargo de João Araújo, estudante de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico. O estudante possuiu já um vasto currículo em competições europeias e internacionais.
João Araújo destacou-se na Mostra Nacional de Ciência em 2014 e 2015 onde alcançou o 2º lugar. Em 2014 participou no Concurso Europeu de Jovens Cientista, tendo alcançado o 1º lugar. Em 2015 representou Portugal no International Youth Science Forum e mais recentemente, em 2016, participou na Intel ISEF – Feira Internacional de Ciência e Engenharia.
Cabe à Fundação da Juventude selecionar jovens portugueses para este Forum, tendo indicado em 2017 Mariana Garcia e Matilde Silva, a dupla vencedora da 8ª Mostra Nacional de Ciência com o projeto ‘Neuro Teste’, teste de farmacológicos de baixo custo.
Estas duas jovens cientistas que participaram na edição de 2017 da Swiss Talente Forum, em que o tema foi o empreendedorismo, acabaram por ser convidadas por uma empresa Suíça de sensores a apresentarem o resultado do seu trabalho ao Presidente da empresa e aos restantes trabalhadores.
A Fundação da Juventude indicou que “este tipo de iniciativas é altamente enriquecedor na medida em que ‘obriga’ os jovens a assumir o papel de empreendedores, a encararem os desafios e até lidarem com a frustração. São desafios reais aos quais os jovens portugueses têm respondido com sucesso.”
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