Legutê, os patês de leguminosas criados na Universidade de Coimbra

Patês de feijão, ervilha e tremoço. O Legutê é 100% natural, rico em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol. O inovador produto proteico à base de leguminosas foi desenvolvido por mestrandos da Universidade de Coimbra.

Legutê, os patês de leguminosas criados na Universidade de Coimbra
Legutê, os patês de leguminosas criados na Universidade de Coimbra. Equipa da UC. Foto: DR

As proteínas não animais devem ser uma alternativa ao consumo em escala das proteínas animais que hoje se encontram disponíveis. Partindo desta necessidade mestrandos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) a desenvolveram patês de leguminosas.

Os patês de leguminosas ‘Legutê’, desenvolvidos Bruno Simões, Jéssica Tavares, Mariana Correia e Tércia Lopes, do mestrado em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, utilizam três variedades de leguminosas: feijão, ervilha e tremoço.

Os patês ‘Legutê’ são, assim, 100% naturais, ricos em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol.

Legutê, os patês de leguminosas criados na Universidade de Coimbra
Legutê, os patês de leguminosas criados na Universidade de Coimbra. Foto: DR

Os estudantes de mestrado que desenvolveram o produto no âmbito da unidade curricular “Empreendedorismo: da ideia ao negócio” explicaram que “ao verificarmos que a oferta de proteína não animal no mercado é deficitária”, decidiram avançar para o desenvolvimento de um produto inovador que tivesse por base as leguminosas familiares da dieta tradicional mediterrânica.

De entre as diversas leguminosas os mestrandos procederam a várias experiências que levaram à seleção do feijão, a ervilha e o tremoço, como as leguminosas que para o efeito se apresentavam mais adequadas, no momento, para o desenvolvimento de um produto de fácil consumo, ou seja, para “reinventar o consumo de leguminosas”.

Os mestrandos, ouvidos pela UC, indicaram que “o Legutê é um produto prático e ideal para qualquer ocasião, distingue-se pela resposta a uma oferta escassa de proteína não animal, sendo indicado para vegetarianos. Para além disto, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais”.

O projeto Legutê à base das três leguminosas, mas que pode ser alargado a outras, a pretensão de contribuir para a “diminuição de desperdícios alimentares. Queremos transformar os excedentes da indústria alimentar destas leguminosas em matéria-prima.”

Os criadores dos patês de leguminosas procuram agora “investidores junto da indústria alimentar” e colocam a possibilidade de “criar uma startup, tendo em vista a comercialização dos novos patês de grande valor nutritivo.”

O projeto Legutê foi classificado em segundo lugar no Prémio ECOTROPHELIA Portugal 2018, que decorreu no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. Um prémio que é promovido pela PortugalFoods em coorganização com a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), e que tem como objetivo estimular a eco-inovação no setor agroalimentar.Univer