Lisboa ligada à formação de intelectuais, políticos, dirigentes e quadros são-tomenses

Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, em visita oficial a Portugal, recebe do Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, as chaves da cidade. Uma cidade que recebe bem os são-tomenses, onde vivem, estudam, trabalham e onde é natural saborear o calulu.

Lisboa ligada à formação de intelectuais, políticos, dirigentes e quadros são-tomenses
Lisboa ligada à formação de intelectuais, políticos, dirigentes e quadros são-tomenses. Foto: TVEuropa

“A cidade de Lisboa é na verdade muito maior que a sua geografia, provindo a sua grandeza da História, da admirável grandeza arquitetónica, da diversidade cultural que alberga e que confere uma mistura de ritmos de todas as latitudes, emoldurando o seu quotidiano com imenso perfume cosmopolita”, referiu o Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, no seu discurso na Câmara Municipal de Lisboa.

Carlos Vila Nova, na sua primeira visita a Portugal como Presidente de São Tomé e Príncipe, foi recebido por Carlos Moedas na Câmara Municipal de Lisboa onde recebeu as chaves da cidade. No seu discurso referiu que Lisboa tem contribuindo para a “multiculturalidade da sociedade portuguesa”, um “registo faz de Portugal uma referência impar no contexto dos Estados que acolhem estrangeiros no seu seio”.

No caso dos são-tomenses o Presidente de São Tomé e Príncipe referiu que regista a estima que Lisboa tem “por tantos são-tomenses trabalhadores e estudantes que escolheram Lisboa para trabalhar, viver ou estudar”, e acrescentou que “São Tomé e Lisboa são cidades que evocam saudades”.

A ligação entre portugueses e são-tomenses vem de longos tempos e que Carlos Vila Nova evocou referindo que os emigrantes portugueses escolheram as ilhas tropicais de São Tomé e Príncipe e que muitos são-tomenses optaram por Portugal, e muito particularmente por Lisboa, “daí ser tão natural degustar do cozido à portuguesa” em São Tomé “como saborear o calulu” em Lisboa.

“Esta convivialidade ancestral engradece-nos e une-nos” e aumentam os afetos e aumentam o património imaterial dos dois povos o que “é visível na facilidade com que nos comunicamos e cooperamos em tantos domínios, tal é a excelência das relações entre os nossos Estados e entre os são-tomenses e portugueses”.

Carlos Vila Nova acrescentou que por “mais de 5 séculos de história”, pela “consanguinidade” dos dois povos, “pelos sentimentos de pertença”, pela “cumplicidade na comunidade dos povos de língua portuguesa” e ainda por serem tão bem acolhidos os santomenses em Lisboa presta “um tributo muito sentido” à cidade de Lisboa.

“Lisboa está desde tempos que escapam ao registo da memória intimamente ligada à formação de intelectuais, políticos, dirigentes e de tantos quadros que integram a sociedade são-tomense, antes, durante e após a formação do nosso Estado” referiu o Presidente são-tomense, e acrescentou que muitos desses são-tomenses “vivem em Portugal” onde “contribuem para a economia” e para o “desenvolvimento social”.

O Presidente de São Tomé e Príncipe concluiu afirmado que a comunhão dos dois países Estado no plano político internacional, na defesa partilhada, na promoção da língua portuguesa no mundo, na proteção conjunta de direitos e valores da nossa civilização, traduzem na prática, que os dois povos não são apenas “uns e outros no mundo” mas “uns com os outros” serem contidos.