Mazda 3 versão 1.5 SkyActiv-D 105 CV em análise

A segurança é primordial em qualquer veículo e esta é visível no novo modelo Mazda 3. O G-Vectoring Control permitiu uma maior suavidade na transição das forças de aceleração ao travar, curvar e acelerar. Jorge Farromba procedeu a um ensaio do modelo e deixa aqui a sua análise.

Mazda 3 versão 1.5 SkyActiv-D 105 CV
Mazda 3 versão 1.5 SkyActiv-D 105 CV. Foto: DR

O ensaio do Mazda 3 com motor 1.5 Diesel e 105 cv focou-se muito nas novidades que o modelo incorpora, nomeadamente o G-Vectoring Control.

A Mazda segue a mesma linha de design característica de toda a gama, baseada no design KODO. Esteticamente bem conseguido, com linhas elegantes e fluídas que transmitem energia e desportividade, com uma traseira descendente que não compromete a habitabilidade nem a entrada dos passageiros.

O habitáculo mantém a solução do design centrado nas pessoas, que a marca refere como – factor Jinba Ittai, ao colocar todos os ocupantes em simbiose com o modelo. Em termos práticos encontramos uma posição de condução excelente, um habitáculo bem desenhado, espaçoso, com uma qualidade de construção isenta de críticas, duas referências à consola central: o apoio de braços muito curto devido à persiana que cobre um porta-objetos, entre a caixa de velocidades e o habitáculo, e o porta-objetos da consola central que se estende para baixo da consola central, e que, dependendo dos objetos, alguns destes ficam aí escondidos.

No habitáculo encontramos plásticos moles, e nos poucos locais onde estes são rijos verificamos serem de boa qualidade, suaves ao toque e com boa montagem, o que augura muitos quilómetros sem ruídos parasitas. O painel de instrumentos com um amplo conta-rotações ao centro e demais informação dispersa nos restantes painéis revela-se bem conseguido, como a útil mudança sugerida de velocidade, e com muito boa usabilidade, sendo que o head-up display que projeta as informações numa lâmina de vidro atrás do volante revela-se muito legível e prático com informação útil, com exemplo a informação sobre deteção de sinais de trânsito (Traffic Sign Recognition (TSR), que a par da disponibilidade de sistemas como o Advanced Smart City Brake Support (Advanced SCBS) e de uma eficiente gestão ativa do cruise control contribuiem para um ambiente seguro na estrada, a que também não é alheio o sistema de deteção e alerta do ângulo morto.

O espaço interior é muito bom, com bancos confortáveis e correto apoio lateral. A acessibilidade a todos os lugares é de bom nível na simbiose que a Mazda refere entre automóvel e condutor, e que se sente, por exemplo, na excelente insonorização do habitáculo ou nos vários materiais utilizados.

Em termos dinâmicos a Mazda apresenta um motor claramente apetecível para o mercado nacional – 1.5 D com 105cv. Um dos fatores que mais ressalta neste motor, e na insonorização, é o baixíssimo ruido do mesmo e a quase nula ausência de vibrações. O motor revela-se ágil, muito embora saibamos que não é um desportivo. Solícito e com excelentes consumos – médias de 5.2l/100 kms são normais, sem qualquer cuidado por parte do condutor em cumprir médias, o que conjugado com uma caixa de velocidades, precisa, bem escalonada, de curso curto, contribui para uma condução calma e segura. Uma referência para a caixa de velocidades que explorando o binómio peso e cv, concilia várias vezes uma vivacidade ao mazda 3 que o catapulta para velocidades proibidas em autoestrada.

Em estrada, o Mazda 3 revela-se extremamente competente, seguro, previsível, confortável e com um comportamento muito bom, sobretudo em curva, a que não é alheio o G-Vectoring Control que, transmite uma maior suavidade na transição das forças de aceleração ao travar, curvar e acelerar, e que são, segundo a marca, situações indispensáveis na definição do conceito Jinba Ittai, o que conjugado com as tecnologias Skyactiv-Vehicle Dynamics demonstram a preocupação da marca em oferecer ao cliente um produto final de grande qualidade.

A unidade ensaiada possuía os seguintes ‘packs

  • Pack High Safety’ – com sensores de chuva, de luminosidade e de estacionamento traseiro, faróis e luzes diurnas de LED, vidros traseiros escurecidos e retrovisores exteriores com rebatimento elétrico.
  • Pack i-Activsense’ – com Adaptive Driving Display a cores, câmara traseira, Driver Attention Alert, Smart City Break Support – Rear, TSR, com sistema de navegação.
  • Pack High Technology’ -com Adaptive LED Headlights, Lane Keep Assist, Mazda Radar Cruise Control e SBS
  • Pack Navi’ – com sistema de navegação,

De acordo com os ‘packs’ incluidos o preço final pode variar nas versões:

  • Diesel de 25.000 euros a 32.000 euros.
  • Gasolina de19.000 euros a 24.000 euros.

De um modo consciente e responsável, se tivesse que optar pela aquisição do MAZDA 3, considerando os vários ‘packs’ disponíveis, (falta aqui o ‘pack leather’ com custo 1.890 euros), referiria que o ‘Pack High Safety’ e ‘Pack i-Activsense’ são essenciais, hoje em dia. Depois da utilização destes sistemas, percebe-se o enorme contributo para a segurança, dos outros e de nós próprios. Até o muito útil sistema que a Mazda incorpora que leva a que os máximos ativos reduzam automaticamente para os médios, ou o detalhe de segurança impede o destravar do travão elétrico enquanto não é colocado o cinto de segurança. Fica a sugestão para uma instituição do ensino Superior realizar um estudo sobre uma marca/modelo antes e depois da adoção destes sistemas versus os acidentes reportados.

Autor: Jorge Farromba