MAZDA MX-5 com SKYACTIV-G

MAZDA Mx-5 é tradição, mas hoje é cada vez mais inovação, elegância e conforto. Jorge Farromba descreve, no seu artigo, que encontrou o novo Mx-5 com conjunto de características que combinam fluidez e potência.

MAZDA Mx-5
MAZDA Mx-5. Foto: DR

Falar do MAZDA Mx-5 é recordar um ícone no mundo automóvel. Difícil é não ouvir de alguém uma palavra de apreço por uma viatura que atravessa gerações. E esse capital perpetua-se sempre que a MAZDA resolve lançar uma nova versão.

O roadster que nasceu há 25 anos apresenta-se hoje com um modelo totalmente novo e, como sempre, a marca soube respeitar a tradição, o posicionamento do modelo e reinterpretou e modernizou o MX-5. A estética soberba combina fluidez, potência, rigor e potência.

Para a nossa apreciação estática procedemos ao ensaio do Mx-5 e verificamos que ao entrar no veículo é como entrar num mundo novo. É um automóvel pequeno, baixo, onde tudo foi pensado para servir o prazer de condução. Conduzimos muito próximo do chão, sentimo-nos envolvidos desde o momento que entramos neste pequeno mundo da MAZDA.

Assim que entramos no modelo rapidamente percebemos que vamos pilotar algo diferente. Os bancos Recaro acolhem-nos totalmente, o volante com a pega ideal está mesmo ali à frente, os pedais com a posição ponta-tacão bem assumida, a caixa de velocidades, curta, precisa e mesmo ali ‘à mão’. Um interior simples, prático, bem desenhado e assumidamente minimalista, com uma boa construção e onde o rigor da montagem se nota. Alguns porta objetos no apoio central e atrás dos bancos, bem como os apoios para as garrafas de água. O monitor central que gere parte das funções do MAZDA não é muito intuitivo, de início, mas facilmente aprende-se a utilizá-lo.

A nossa apreciação dinâmica começa com o momento de ouvir o motor 2.0 com 160 CV que, não sendo muito potente, tem devido à sua relação peso-potência um bom score e que, veremos pela sua linearidade e disponibilidade, permite momentos únicos ao volante.

Assim que se carrega no botão Start o modelo estremece e somos cativados por um ‘cantar’ do motor que nos seduz desde o início. Caixa precisa, direta e é tempo de iniciar o ensaio. Cedo nos apercebemos da imensa disponibilidade do motor e que devemos dosear bem o acelerador sob pena da traseira sair mais rapidamente do lugar. Mas diga-se, em abono da verdade, que o chassis com uma rigidez que se nota mesmo nos pisos mais degradados, onde não transmite vibrações para o interior, nos informa do exato momento em que temos de pensar se devemos dosear o acelerador ou fazer contra brecagem. Muito informativo, muito dinâmico, muito interativo.

Envoltos numa clausura que a capota de lona transmite, os quilómetros em estradas nacionais e autoestradas são percorridos confortavelmente sempre com a presença de um som Bose parametrizado para também deixar ouvir o belo ruído do motor.

Outro dos detalhes que facilmente surpreende é a facilidade de abrir a capota, sendo que se compreende não ser de todo necessário um mecanismo (pesado) elétrico. É simples e eficaz, basta abrir o botão e esta recolhe atrás dos bancos.

Este é mais um automóvel que nos transmite uma nostalgia única, pois foge aos cânones atuais, onde a eletrónica marca presença constante e onde a pureza é sacrificada. Este é um roadster para ser desfrutado intensamente pois foi parametrizado para ser eficaz, pelo prazer de condução… se possível a céu aberto!

Uma pequena referência ao i-eloop presente no modelo que não é mais do que um sistema de travagem regenerativa inteligente. Por norma, os sistemas de travagem regenerativa comuns convertem a energia cinética do veículo em eletricidade quando o condutor trava. O i-eloop começa a captar energia assim que o condutor levanta o pé do acelerador e o veículo começa a desacelerar e que é depois libertada para ajudar a suprir as necessidades elétricas do Mx5.

Em termos de preço o MAZDA MX-5 começa nos 25.000 euros com o motor 1.5. No modelo em ensaio, o 2.0, com o sistema de navegação e bancos Recaro em pele de alcântara deve despender cerca de 41.500 euros.

Autor: Artigo de opinião de Jorge Farromba.