Mulheres são cruciais na construção do futuro digital da Europa

Eurodeputada Maria da Graça Carvalho, sobre Inteligência Artificial e Mercado Único Digital, indica que é crucial aumentar a participação das mulheres nos sectores da ciência, tecnologia, engenharia, matemática e inteligência artificial.

Mulheres são cruciais na construção do futuro digital da Europa
Mulheres são cruciais na construção do futuro digital da Europa. Foto: © Rosa Pinto

A União Europeia sofre um défice crónico de trabalhadores em tecnologias de informação e comunicação (TIC). Estes trabalhadores são considerados fundamentais para um mercado único digital. Em Portugal estima-se que o mercado tenha necessidade de pelo menos 15 mil técnicos de análise e programação informática.

A uma falta de técnicos especializados em informática soma-se um baixo nível de competências digitais a nível geral. Para Maria da Graça Carvalho é preciso adotar medidas nos domínios da educação e do emprego na área digital e em especial é urgente atacar as disparidades de género nas competências digitais.

O parecer da eurodeputada Maria da Graça Carvalho: “Construir o futuro digital da Europa – eliminar obstáculos ao funcionamento do mercado único digital e melhorar a utilização da inteligência artificial para os consumidores europeus”, aponta para a necessidade de um maior nível da participação das mulheres nos sectores da ciência, tecnologia, engenharia e matemática e da inteligência artificial (IA).

Dirigido à Comissão dos Mercado Interno e Proteção dos Consumidores (IMCO, na sigla em inglês), do Parlamento Europeu, o parecer da eurodeputada apresenta um conjunto de recomendações a serem incorporadas pela IMCO. O documento releva que a igualdade de género é um princípio fundamental da União Europeia (UE) e deve refletir-se em todas as suas políticas.

O parecer relembra que a participação das mulheres na economia digital é crucial para moldar uma sociedade digital próspera e para impulsionar o mercado interno digital da UE, e aborda questões como a violência sobre as mulheres online, a veiculação de preconceitos de género produzidos nos algoritmos e dados de IA, e a criação de mais oportunidades de financiamento e empreendedorismo feminino.

Para Maria da Graça Carvalho “temos de capacitar os consumidores, em particular as mulheres, através do ensino de competências básicas no domínio das TIC e do lançamento de campanhas de sensibilização, de forma a permitir-lhes tirar pleno partido dos benefícios do mercado único digital”.