NASA encontra planeta em zona habitável

NASA revelou ter encontrado um planeta com as dimensões 20% maiores que a Terra a orbitar uma estrela na designada zona habitável. As simulações indicam a possibilidade do planeta ter água líquida à superfície.

NASA encontra planeta em zona habitável
NASA encontra planeta em zona habitável. Imagem: © NASA

A missão da NASA de procura de exoplanetas (TESS) descobriu o seu primeiro planeta de tamanho pouco superior à Terra em zona habitável de uma estrela, uma faixa de distâncias em que as condições podem ser adequadas para permitir a presença de água líquida à superfície.

Os cientistas confirmaram a descoberta de um planeta, designado por TOI 700 d, e com recurso ao Telescópio Espacial Spitzer da NASA e modelaram os potenciais ambientes do planeta para ajudar em futuras observações.

O TOI 700 d é um dos poucos planetas do tamanho da Terra descobertos, até agora, na zona habitável de uma estrela até agora. A missão TESS foi projetada para encontrar planetas do tamanho da Terra a orbitar estrelas próximas, para isso o TESS monitoriza grandes áreas do céu, chamadas setores, durante 27 dias. Neste caso encontrou três planetas em torno da estrela TOI 700.

O planeta mais interno, chamado TOI 700 b, é quase exatamente do tamanho da Terra, provavelmente é rochoso e completa uma órbita a cada 10 dias. O planeta do meio, o TOI 700 c, é 2,6 vezes maior que a Terra – entre os tamanhos da Terra e Netuno – orbita a cada 16 dias e é provavelmente um mundo dominado por gás. O TOI 700 d, o planeta mais externo conhecido no sistema e o único na zona habitável, mede 20% maior que a Terra, orbita a cada 37 dias e recebe da sua estrela 86% da energia que o Sol fornece à Terra. Os planetas terão a caraterística de na sua órbita serem apenas banhados de um dos lados constantemente pela luz da estrela.

NASA encontra planeta em zona habitável
NASA encontra planeta em zona habitável. Imagem: © NASA’s Goddard Space Flight Center

Agora os cientistas vão confirmar se os planetas interno e externo são rochosos e o planeta do meio é feito de gás, através dos atuais observatórios terrestres, e em futuras missões os cientistas esperam identificar se os planetas têm atmosferas e, se existirem determinar suas composições, entretanto vão gerar modelos de computador e avaliar a possibilidade de ter temperaturas e pressões da superfície adequadas para a habitabilidade.

Como o TOI 700 d está preso à sua estrela, as formações de nuvens e os padrões de vento do planeta podem ser surpreendentemente diferentes dos da Terra.

Uma simulação incluiu um TOI 700 d coberto de oceano com uma atmosfera densa e dominada por dióxido de carbono, semelhante ao que os cientistas suspeitam ter cercado Marte quando era jovem. A atmosfera do modelo contém uma camada profunda de nuvens no lado voltado para a estrela.

Outro modelo de simulação descreve o TOI 700 d como uma versão sem terra da Terra, onde os ventos fluem do lado noturno do planeta e convergem no ponto diretamente voltado para a estrela.