As doenças do coração são as conduzem a uma maior diminuição da qualidade de vida, e a um maior número de mortes . Para Sheila Sahni, cardiologista intervencionista da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), o recurso a dieta, exercício físico e uma atitude positiva pode diminuir significativamente o risco de doenças do coração.
A cardiologista da UCLA define que o comportamento individual através de pequenas decisões são a condição chave para a robustez do processo cardiovascular.
No domínio da dieta, as refeições ou lanches devem ter alto teor de proteína, como carne branca, peixe, ovos, leite com baixo teor de gordura e soja. As boas gorduras incluem abacate, nozes e manteiga de amendoim. Fruta e vegetais devem ser consumidos diariamente, pelo menos cinco porções.
No domínio dos amidos encontram-se os grãos integrais, feijões e a maioria dos vegetais, o consumo de peixe deverá ter em atenção os que possuem maiores índices de gordura ómega 3, como o salmão, linguado e atum (peixes de água fria). Uma opção ao peixe são os suplementos de óleo de peixe.
Evitar ou limitar as gorduras saturadas que aumentam o colesterol, como margarinas, gorduras vegetais parcialmente hidrogenadas, comida processada e fast foods. As carnes vermelhas devem ser também suprimidas, em substituição escolha carnes brancas como o frango.
Doces, bebidas adoçadas com açúcar e grãos refinados como arroz branco, pão branco ou cereais açucarados estão associados com maior ganho de peso, em substituição devem ser adotados alimentos integrais, como arroz integral, pão de trigo integral e aveia.
“Exercício é a chave!”, afirma a cardiologista, e acrescenta que subir e descer escadas, caminhar quando se usa o telemóvel, estacionar afastado do local de trabalho ou sair do transporte publico numa estação mais afastada pode ajudar a praticar exercício.
A American Heart Association recomenda 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. A intensidade é definida em relação à capacidade de cada indivíduo. São exemplos de atividade de intensidade moderada o andar com passo firme, a hidroginástica, a dança de salão e a jardinagem. No caso de atividade vigorosa, esta inclui nadar, saltar à corda, correr, ou caminhar numa montanha.
O otimismo é uma condição que estudos indicam estar associado com a diminuição de riscos para a saúde. Muitos estudos têm vindo a demonstrar que doentes do coração mais otimistas têm maiores índices de sucesso a lidar com a doença e que é fator importante no processo de tratamento.
A melhor maneira de saber se tem um “coração saudável” é visitar o seu médico para realizar um exame físico, para determinar fatores de risco de doenças cardíacas, como pressão arterial elevada, colesterol alto ou histórico familiar de doença cardíaca prematura ou diabetes.
Para Gaurav Banka, cardiologista da UCLA, “o controlo e manutenção dos fatores de risco são a melhor medida preventiva contra doenças do coração”.
