Restringido o uso de formaldeído em produtos de consumo

Novas regras restringem uso do formaldeído, na União Europeia, para diminuir risco de cancro. Comissão Europeia estabeleceu limite de emissões de formaldeído em vários produtos de consumo.

Restringido o uso de formaldeído em produtos de consumo
Restringido o uso de formaldeído em produtos de consumo. Foto: Rosa Pinto

A Comissão Europeia aprovou hoje, 14 de julho, medidas para proteger melhor as pessoas do risco de cancro, introduzindo um limite máximo de emissões para a substância cancerígena formaldeído numa série de produtos de consumo.

O formaldeído é conhecido por ter propriedades cancerígenas e mutagénicas e pode ser tóxico e sensibilizante cutâneo. É utilizado principalmente na produção de resinas, termoplásticos e outros produtos químicos, que são posteriormente utilizados numa série de produtos e aplicações, como o fabrico de móveis e pavimentos em madeira, que são as principais fontes de exposição às emissões de formaldeído no ar interior para os consumidores. É também utilizado em produtos têxteis e de couro, peças para veículos e aviões, bem como em espumas, plásticos e fibras vítreas sintéticas.

As novas regras estabelecem um limite de emissões de 0,062 mg/m³ de formaldeído para o ar em espaço fechado no que se refere aos produtos mais perigosos, tais como artigos à base de madeira e mobiliário, assim como no interior de veículos rodoviários.

O limite de 0,08 mg/m³ será aplicado a todos os outros artigos, tais como têxteis, couro, plástico, materiais de construção ou produtos eletrónicos. Com estas regras é esperado pela Comissão Europeia que será assegurado um elevado nível de proteção da saúde humana, limitando simultaneamente os encargos socioeconómicos e a necessidade de mudanças tecnológicas numa vasta gama de indústrias e setores.

A Comissão Europeia esclareceu que os produtores de artigos em que é utilizado formaldeído disporão de 36 meses para cumprir as novas regras.