Homens diagnosticados com cancro da próstata não metastizado que adotaram a Diretriz de Nutrição e Atividade Física da Sociedade Americana do Cancro para Sobreviventes de Cancro após o diagnóstico vivem mais tempo, concluiu um novo estudo da Sociedade Americana do Cancro.
Um estudo que fez o acompanhamento de homens ao longo de 14 anos permitiu observar que os que aderiram à diretriz apresentaram 23% menos probabilidade de morrer por qualquer causa e 25% menos probabilidade de morrer por doença cardiovascular em comparação com aqueles com menor adesão. A diretriz da Sociedade Americana do Cancro recomenda evitar a obesidade, praticar atividade física regular, seguir uma dieta saudável e limitar o consumo de álcool. O estudo encontra-se publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Network Open.
“Mesmo os homens que não seguiam as diretrizes antes do diagnóstico de cancro da próstata, mas melhoraram depois, apresentaram menor mortalidade em comparação com os homens que mantiveram baixa adesão”, referiu Valeria Elahy, médica especialista em epidemiologia, prevenção e sobrevivência do cancro na Sociedade Americana do Cancro e principal autora do estudo. “Nunca é tarde para se beneficiar da adoção de hábitos de vida mais saudáveis.”
Investigadores acompanharam 4.232 homens com idades entre 65 e 73 anos, diagnosticados com cancro da próstata não metastizado entre 1992 e 2003, durante 14 anos, e os resultados de mortalidade foram verificados por meio da vinculação com o Índice Nacional de Óbitos.
Durante o estudo 3.101 homens morreram, incluindo 912 de doença cardiovascular e 453 de cancro da próstata. A adesão às diretrizes da Sociedade Americana do Cancro pré e pós-diagnóstico foi medida usando uma pontuação, onde pontuações mais altas indicavam maior adesão. A maior vantagem de sobrevivência veio da prática de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade aeróbica de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação de ambas, e da manutenção de um índice de massa corporal abaixo de 30 kg/m².
“A doença cardiovascular é a causa mais comum de morte não oncológica neste grupo de homens”, referiu Ying Wang, cientista principal sénior de investigação epidemiológica da Sociedade Americana do Cancro e autor sénior do estudo. “Os nossos resultados sugerem que hábitos de vida saudáveis podem reduzir significativamente o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. Investigações futuras devem avaliar a melhor forma de apoiar os sobreviventes na adoção e manutenção desses hábitos”, concluiu o cientista.














