Terminal do Aeroporto Internacional de São Francisco recebe nome de líder LGBTQ+

Aeroporto Internacional de São Francisco inaugura, hoje, primeiro terminal com nome de líder LGBTQ+. O terminal Harvey Milk envolveu um investimento de 2,14 mil milhões de euros, e incorpora inovação e compromisso com a diversidade, a igualdade e a inclusão.

Terminal do Aeroporto Internacional de São Francisco recebe nome de líder LGBTQ+
Terminal do Aeroporto Internacional de São Francisco recebe nome de líder LGBTQ+. Foto: DR

O Aeroporto Internacional de São Francisco (SFO, sigla em inglês) inaugura hoje o Harvey Milk Terminal 1. Trata-se do primeiro terminal do mundo com o nome de um membro da comunidade LGBTQ+. A infraestrutura envolveu um investimento de 2,14 mil milhões de euros e estabelece um novo padrão para uma nova experiência de viagem.

Harvey Milk foi o primeiro homem gay assumido a ser eleito para um cargo público na Califórnia, Estados Unidos da Améria. Durante 11 meses, Harvey Milk integrou o Conselho de Supervisores de São Francisco até ser assassinado, juntamente com o presidente da Câmara da cidade, George Moscone, em 1978.

Para Ivar C. Satero, diretor do Aeroporto Internacional de São Francisco, “o Harvey Milk Terminal 1 define um novo benchmark para uma experiência no aeroporto e representa um tributo à vida e ao legado de um dos primeiros líderes dos direitos civis”.

O responsável pelo SFO referiu que “para milhões de pessoas do mundo inteiro, a primeira impressão da Baía de São Francisco, e o Harvey Milk Terminal 1 incorpora tudo o que torna esta região tão especial”, ou seja, “um espírito de inovação, um foco no ambiente e, acima de tudo, um compromisso com a diversidade, a igualdade e a inclusão. Espero que os viajantes de todo o mundo se inspirem pela história de Harvey Milk no terminal que perpétua o seu nome”.

O SFO recebeu 58 milhões de passageiros em 2018, um crescimento de 3,5% relativamente a 2017, e um aumento de 5,7% no número de passageiros internacionais

São Francisco é um dos mais recentes destinos sem escalas de Lisboa, que disponibiliza um serviço 5 vezes por semana no novo A330-900neo.

Nove dias antes de morrer, Milk gravou um testamento que deveria “ser ouvido apenas no caso do seu assassinato”:

A minha eleição deu a alguém – a mais uma pessoa – esperança. Afinal, é disso que se trata. Não é sobre o benefício pessoal. Não é sobre o ego. Não é sobre o poder. É sobre dar aos jovens…esperança. Têm de lhes dar esperança. Harvey Milk.

O ponto principal do novo terminal é a exposição Harvey Milk: Mensageiro de Esperança, que homenageia o líder dos direitos civis e o seu impacto nos direitos da comunidade LGBTQ+. Abrangendo quase 120 metros, inclui 100 imagens dramaticamente explosivas de Milk, muitas destas conseguidas através do público, assim como arte e lembranças de Harvey Milk.

O Harvey Milk Terminal 1 foi projetado para ligar os passageiros com o ambiente que está além das portas de embarque. As comodidades de classe mundial incluem:

Janelas do chão ao teto que escurecem de acordo com a luz solar; aberturas circulares no teto – designadas por óculo – que permitem a entrada de luz;

Áreas das portas de embarque concebidas como lounge rooms, com 2.134 lugares sentados de 34 tipologias, incluindo cadeiras de pele, plástico, metal e tecido, sofás e bancos;

A primeira casa-de-banho de aeroporto multiuso e para todos os géneros, e uma exclusiva para animais;

Arte in situ – arte produzida especificamente para o local -, incluindo 14 novas obras de arte pública para os viajantes apreciarem durante o tempo de espera;

Elevadores com energia própria, passadeiras e escadas rolantes, que reduzem a utilização da rede elétrica;

Um sistema de transporte de malas com eficiência energética (Individual Carrier System ou ICS), o primeiro do género nos Estados Unidos.