Teste de legionella em 35 minutos

Universidade Técnica de Munique desenvolveu um teste rápido por microarray que acelera a deteção da legionella, em caso de surto de legionella pneumophila. O sistema fornece uma análise completa em cerca de 35 minutos.

Teste de legionella em 35 minutos. A investigadora Catharina Kober com um chip LegioTyper na plataforma de análise de microarrays MCR.
Teste de legionella em 35 minutos. A investigadora Catharina Kober com um chip LegioTyper na plataforma de análise de microarrays MCR. Foto: Jonas Bemetz / TUM

Num surto de doença do legionário encontrar a fonte exata o mais rápido possível é essencial para prevenir novas infeções. Até ao momento, uma análise padrão leva dias. Investigadores da Universidade Técnica de Munique desenvolveram um teste rápido que atinge o mesmo resultado em cerca de 35 minutos.

A legionella são bactérias em forma de bastonete que podem causar pneumonia com risco de vida para os humanos. As bactérias legionella multiplicam-se em água morna e podem dispersar-se no ar através de torres de arrefecimento, sistemas de refrigeração por evaporação e sistemas de água quente.

A legionella pneumophila é a mais perigosa, das quase 50 espécies de legionella que existem, e é responsável por 80% de todas as infeções. Quando ocorre um surto, a origem das bactérias deve ser identificada o mais rápido possível para evitar novas infeções.

Semelhante a um teste de paternidade

A origem do surto é confirmada quando as bactérias na água de um processo de sistema técnico combinam exatamente com os identificados no paciente. No entanto, muitas vezes, obriga a testar vários sistemas e o sistema de cultivo necessário para o teste leva cerca de dez dias.

Deteção mais rápida com anticorpos

Atualmente passou a haver um teste rápido para detetar o agente patogénico legionella em hospital, o teste consiste na identificação de compostos de legionella na urina dos pacientes. Mas “infelizmente, este teste rápido serve apenas como uma primeira indicação e não serve para monitorar a água dos sistemas técnicos”, referiu Michael Seidel, responsável pelo grupo de investigação de Química Analítica e Química da Água da Universidade Técnica de Munique.

A equipa de cientistas desenvolveu um chip de medição no âmbito do projeto “LegioTyper” financiado pelo Ministério Federal Alemão de Educação e Investigação. Este chip não só deteta o patógeno perigoso, a legionella pneumophila, mas também identifica qual dos cerca de 20 subtipos está presente.

Rápido, barato e versátil

O chip de medição utiliza a plataforma de análise microarray MCR da empresa de Munique GWK GmbH. Usando 20 anticorpos diferentes o sistema fornece uma análise completa dentro de 34 minutos.

Michael Seidel referiu: “Comparado com as medições anteriores, o novo método não apenas oferece uma enorme vantagem em rapidez”, como, acrescentou: “Mas também é tão barato e assim podemos usar o chip em aplicações únicas”. Neste caso o sistema pode ser implantado para higiene ambiental, bem como para diagnósticos clínicos.

O teste em combinação com um segundo método baseado em ADN pode até distinguir entre patógenos de legionella mortos e vivos. Isso permite medir o sucesso de medidas de desinfeção.