União Europeia pede fim ao cerco policial da igreja na Nicarágua

União Europeia, através da Alta representante, Federica Mogherini, insta o Governo da Nicarágua a libertar os presos e suspender as acusações e o cerco policial à Igreja de São Miguel, em Masaya.

União Europeia pede fim ao cerco policial da igreja na Nicarágua
União Europeia pede fim ao cerco policial da igreja na Nicarágua. Federica Mogherini. Foto: © União Europeia

Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia, declarou que a detenção de mais de 13 nicaraguenses, efetuada em 14 e 15 de novembro, por apoio aos grevistas reunidos na Igreja de São Miguel, na cidade de Masaya, na Nicarágua, e o cerco da igreja pelas forças policiais, representam uma infração contra aos direitos fundamentais dos cidadãos nicaraguenses. O que para a União Europeia é um sério revés para o processo político ao transmitir um sinal negativo sobre a disposição do governo da Nicarágua de trabalhar em direção a uma saída pacífica e democrática da crise.

“A União Europeia exorta o Governo da Nicarágua e os órgãos policiais a libertar os detidos e suspender as acusações, suspender o cerco da igreja e garantir o pleno respeito dos direitos constitucionais de todos os nicaraguenses, incluindo liberdade de expressão, reunião, religião e protesto pacífico, como se comprometera nos acordos de março celebrados com a Aliança Cívica”, declarou a Alta Representante da União Europeia.

Para Federica Mogherini, também Vice-Presidente da Comissão Europeia, “somente a plena implementação dos acordos de março, um diálogo credível e inclusivo, bem como reformas políticas e eleitorais de acordo com os padrões internacionais, podem resolver a crise em curso no país e levar a uma saída pacífica e democrática. A União Europeia insta todas as partes a retomarem seus esforços e a tomarem medidas genuínas e construtivas para esse fim, conforme declarado nas últimas Conclusões do Conselho de 14 de outubro”.

“A União Europeia reafirma sua determinação de continuar a usar todos os seus instrumentos para apoiar a justiça e a democracia na Nicarágua e reagir à deterioração contínua dos direitos humanos e do Estado de direito. Aqueles que comprometem a democracia e o Estado de direito na Nicarágua serão responsabilizados”, concluiu a Alta Representante da União Europeia.