Vacina COVID-19 da Johnson & Johnson aguarda autorização da EMA

Agência Europeia de Medicamentos recebe pedido de autorização da Johnson & Johnson para a vacina COVID-19 Janssen. A Agência considera que a partir de meados de março de 2021 a vacina pode chegar aos cidadãos europeus.

Vacina COVID-19 da Johnson & Johnson aguarda autorização da EMA
Vacina COVID-19 da Johnson & Johnson aguarda autorização da EMA. Foto: DR

A Johnson & Johnson pediu hoje, 16 de fevereiro, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, da sigla em inglês) autorização de comercialização condicional para a sua vacina COVID-19 Janssen.

O Comité de Medicamentos Humanos da EMA vai avaliar a vacina Janssen-Cilag International, com base num cronograma acelerado, anunciou a EMA. “O Comité poderá emitir um parecer em meados de março de 2021, desde que os dados da empresa sobre a eficácia, segurança e qualidade da vacina sejam suficientemente abrangentes e robustos”.

A EMA justifica a rapidez da avaliação porque já analisou alguns dados durante uma revisão contínua, onde foram avaliados os dados de qualidade e os dados de estudos laboratoriais que analisaram em que medida a vacina desencadeia a produção de anticorpos e células imunológicas que têm como alvo o SARS-CoV-2 que causa a COVID-19). A Agência também analisou os dados de segurança clínica do vetor viral usado na vacina.

A EMA refere ainda que está a avaliar dados adicionais sobre a eficácia e segurança da vacina, bem como sua qualidade. Se a EMA concluir que os benefícios da vacina superam seus riscos, ela recomendará a concessão de uma autorização de comercialização condicional, e a Comissão Europeia emitirá então uma decisão válida em todos os Estados membros da UE e do EEE dentro de alguns dias.

Como a vacina deve funcionar?

A vacina COVID-19 Janssen atua preparando o organismo para se defender contra a COVID-19. A vacina é composta por outro vírus (um adenovírus) que foi modificado para conter o gene responsável pela produção da proteína “Spike” do SARS-CoV-2. A proteína existente na superfície do vírus SARS-CoV-2 de que este necessita para entrar nas células do corpo humano.

Uma vez administrada, a vacina distribui o gene da proteína “Spike” do SARS-CoV-2 nas células do corpo. As células usarão o gene para produzir a proteína “Spike”. O sistema imunológico da pessoa reconhecerá essa proteína como estranha e produzirá anticorpos e ativará as células T (glóbulos brancos) para atacá-la.

Se, mais tarde, a pessoa entrar em contato com o vírus SARS-CoV-2, o seu sistema imunológico reconhecerá as proteínas “Spike” do vírus e estará pronto para se defender. A EMA indica que o adenovírus da vacina não se reproduz e não causa doenças.