Vinhos “Terras de Cister” e “Terras do Dão” com Indicação Geográfica Protegida

Comissão Europeia aprova inclusão dos vinhos portugueses “Terras de Cister” e “Terras do Dão” no registo das Indicações Geográficas Protegidas. Dois vinhos que se junta aos mais de 200 produtos portugueses que a União Europeia protege como IGP e DOP.

Vinhos “Terras de Cister” e “Terras do Dão” com Indicação Geográfica Protegida. Foto: Rosa Pinto

A indicação geográfica protegida “Terras de Cister” está ligada não só às características geográficas da região, mas também à instalação dos monges cistercienses na região no século XII. Os monges construíram mosteiros e igrejas e plantaram as primeiras vinhas na região que hoje se designa por “Terras de Cister”.

As castas contribuem igualmente para a especificidade dos produtos vínicos com direito a esta indicação geográfica em conjugação com outros fatores naturais e humanos. São vinhos frescos, em que as notas ácidas se encontram equilibradas com o álcool e a perceção doce. De aromas e estrutura delicados, caracterizam-se por uma elevada acidez natural, mineralidade e baixo teor alcoólico, evidenciando ainda uma boa expressão aromática das castas.

Os vinhos brancos e rosados denotam frescura e acidez relevante e equilibrada. Os vinhos tintos são leves, suaves e com boa frescura.

A indicação geográfica protegida “Terras do Dão” abrange o vinho e o vinho espumante. A proteção conferida pelas características orográficas é elemento caracterizador da área geográfica e influencia o clima. Este, por sua vez, tem implicação no desempenho vitícola e na maturação de uvas, com influência direta na qualidade dos vinhos. Esta influência revela-se muito na suavidade e expressão aromática dos vinhos.

Os vinhos são aromáticos, minerais e frescos, com acidez equilibrada devido às condições de maturação das uvas: com verões quentes com grandes amplitudes térmicas diárias. Os verões quentes e soalheiros garantem a plena maturação das uvas. Por outro lado, as amplitudes térmicas diárias significativas traduzem-se num correto desenvolvimento dos açúcares, aliado a uma ótima manutenção do nível de acidez.

As maturações, relativamente longas e suaves, permitem obter vinhos com boa expressividade dos aromas das castas que constituem o encepamento.

O título de Indicação Geográfica Protegida realça a relação entre a região geográfica delimitada e o nome do produto, que se junta à lista de mais de 200 produtos portugueses que a União Europeia protege como indicações geográficas (as Indicações Geográficas Protegidas – IGP e as Denominações de Origem Protegida – DOP).