Privação de sono leva a perda de memória

Estudo concluiu que poucas horas de sono diminuiu a capacidade de formação de memória. Para quem sofre de privação de sono a investigadora Jennifer Choi Tudor, da Universidade Saint Joseph da Filadélfia, indica alguns conselhos.

Jennifer Choi Tudor, da Universidade Saint Joseph da Filadélfia
Jennifer Choi Tudor, da Universidade Saint Joseph da Filadélfia. Foto: DR

Com um novo ano renovam-se desejos ou surgem novos. Enquanto muitos pretendem atingir determinado nível na empresa, instalar o seu próprio negócio ou simplesmente praticar um determinado hobby, para outros a prioridade é ter sete a oito horas de sono diário.

É conhecido que uma em cada três pessoas sofre de privação de sono, e Jennifer Choi Tudor, bióloga da Universidade Saint Joseph da Filadélfia, referiu que “a privação de sono pode levar a uma série de problemas”, nomeadamente, “pode afetar metabolismo, o processamento de resíduos e a expressão génica”.

A investigadora indicou ainda que a investigação que realizou “mostra de forma significativa que a privação de sono prejudica o processo crítico para produzir as proteínas necessárias para formar memórias“.

A investigadora comparou a função cerebral de ratos de laboratório privados de sono e os dormiram bem, ​​e encontrou défices de memória significativos nos ratos com privação de sono que dormiram apenas cinco horas.

Muitas pessoas com dificuldade em adormecer ou que se deitam muito tarde chegam frequentemente atrasados ao emprego ou à escola, mas o estudo mostra de forma significativa que a falta de sono dificulta a formação de novas memórias ou a recolha de informação a longo prazo.

Para quem pretende esforça-se para começar 2018 com hábitos de sono mais fortes (e uma melhor memória), Jennifer Choi Tudor incentiva seguir a sabedoria convencional ou popular.

“Vá para a cama cedo e levante-se cedo” ou na tradição portuguesa “deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer”. “Há muitos, muitos poucos dorminhocos que podem funcionar a 100%, com apenas quatro ou cinco horas de sono por noite.”

A investigadora e professora na Universidade Saint Joseph indicou: “Quando um estudante diz que não precisa de oito horas completas de sono”, isso poderá não ser verdade, “pois provavelmente funcionará melhor com mais sono”.

Para além do número de horas de sono ser importante, “o momento desse sono é crucial”, pelo que a investigadora incentiva que o sono seja alinhado com a agenda diurna: vigília durante as horas diurnas e dormir á noite.