Vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 pode neutralizar as variantes da África do Sul e Reino Unido

Estudos em laboratório mostram que a vacina Pfizer e BioNTech COVID-19 produz anticorpos que neutralizam a variante do SARS-CoV-2 do Reino Unido e, em menor nível, a variante da África do Sul.

Vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 pode neutralizar as variantes da África do Sul e Reino Unido
Vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 pode neutralizar as variantes da África do Sul e Reino Unido. Foto: DR

A Pfizer e a BioNTech anunciaram que os resultados de estudos de neutralização in vitro de soros de indivíduos vacinados com a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19, mostram que o soro neutralizou o SARS-CoV-2 com mutações das variantes do Reino Unido e da África do Sul.

As empresas referem em comunicado que para estudar o efeito das mutações, foram testados três vírus modificados com mutações-chave contra o painel de soros humanos de 20 participantes no estudo de Fase 3 que foram imunizados com a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19.

Das três variantes recombinantes, uma tem uma mutação comum às variantes do Reino Unido e da África do Sul, uma tem mutações comuns à variante do Reino Unido e a terceira tem mutações comuns da variante da África do Sul. O soro dos indivíduos vacinados com a vacina Pfizer-BioNTech COVID-19 neutralizou todas as estirpes SARS-CoV-2 testadas.

A Pfizer e a BioNTech indicou que a neutralização contra o vírus com as três mutações principais presentes na variante sul-africana foi ligeiramente inferior quando comparado com a neutralização do vírus contendo as outras mutações avaliadas. No entanto, as empresas acreditam que as pequenas diferenças na neutralização viral observadas nesses estudos provavelmente não levarão a uma redução significativa na eficácia da vacina.

As empresas indicaram que encorajadas pelas descobertas iniciais do estudo in vitro estão atualmente a avaliar o conjunto completo de mutações na proteína “spike” da variante sul-africana.

Embora as descobertas não indiquem a necessidade de uma nova vacina para lidar com as variantes emergentes, as empresas indicam que estão preparadas para responder, se uma variante do SARS-CoV-2 demonstrar evidência que escapa da imunidade pela vacina COVID-19.

A Pfizer e a BioNTech indicaram que vão continuar a monitorar as estirpes emergentes de SARS-CoV-2 e a conduzir estudos para monitorar a eficácia da vacina no mundo real. E acreditam que a flexibilidade da plataforma de vacina de mRNA proprietária da BioNTech é adequada para desenvolver novas variantes de vacina, se for necessário.