Novo satélite Copernicus Sentinel-6B inicia missão para medir alterações nos oceanos

Novo satélite Copernicus Sentinel-6B inicia missão para medir alterações nos oceanos
Novo satélite Copernicus Sentinel-6B inicia missão para medir alterações nos oceanos

A subida do nível do mar está a remodelar o planeta Terra o que coloca a necessidade do reforço da capacidade de monitorizar as alterações. O Copernicus Sentinel-6B, um satélite desenvolvido numa parceria transatlântica entre a Comissão Europeia, a ESA, a EUMETSAT, a NASA e a NOAA, para monitorização dos oceanos, foi lançado na manhã de 17 de novembro a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, a bordo do foguetão Falcon 9 da SpaceX.

O satélite transporta um altímetro de radar de alta precisão que pode medir a altura do oceano com uma precisão de até um centímetro. Um nível de precisão que é essencial para monitorizar um dos indicadores mais claros das alterações climáticas. Entretanto, o Sentinel-6B vai agora passar por vários meses de calibração em órbita antes de entrar em pleno funcionamento.

O lançamento do Sentinel-6B é já a quarta missão bem-sucedida do Copernicus Sentinel em 2025, que se segue ao Sentinel-4A, o Sentinel-5A e o Sentinel-1D, reforçando ainda mais a capacidade da observação global da Terra.

Os dados fornecidos pelos satélites Sentinel irão auxiliar as equipas de emergência a mapear inundações e incêndios florestais em tempo real, apoiar os agricultores ao monitorar a saúde das plantações e a umidade do solo e melhoram as previsões da qualidade do ar rastreando poluentes e gases de efeito estufa. Os governos, as empresas e as comunidades passam a poder dispor de dados para tomar decisões informadas para promover resiliência e sustentabilidade.

O lançamento do Sentinel-6B representa um marco importante nos nossos esforços conjuntos para entender como nossos oceanos estão respondendo às mudanças climáticas, ampliando e melhorando a capacidade dos cientistas de monitorar a aceleração da elevação do nível do mar e fornecer dados e informações robustos e confiáveis ​​sobre os seus impactos”, referiu, citado em comunicado do Governo londrino, Beth Greenaway, chefe do área de Observação da Terra na Agência Espacial do Reino Unido.

Os dados a disponibilizar pelo satélite ajudará os governos e a sociedade na tomada de decisões informadas para fortalecer a resiliência das centenas de milhões de pessoas que vivem em regiões costeiras em todo o mundo.

As zonas costeiras globais abrigam algumas das maiores cidades do mundo, infraestrutura vital para energia e comércio marítimo, além de atividades económicas como indústria, agricultura, pesca, turismo e sítios de importância internacional para a vida selvagem. Monitorar e compreender as mudanças no nível do mar e a intensidade das tempestades é fundamental para ajudar a preservar as comunidades e os ambientes costeiros, tanto por meio de esforços atuais de mitigação de riscos quanto pela elaboração de adaptações aos impactos futuros das mudanças climáticas”, reforçou Andrew Saulter, Chefe de Estratégia Científica para Previsão Oceânica do Met Office, do Reino Unido.