Brasileiros adquirem cada vez mais habitações no Porto devido ao acolhimento

Estudo da consultora imobiliária Predibisa conclui que as principais razões que levam os brasileiros a apostarem no mercado residencial no Porto é o acolhimento. Outros fatores como a qualidade de vida e a integração são também decisivos.

Brasileiros adquirem cada vez mais habitações no Porto devido ao acolhimento
Brasileiros adquirem cada vez mais habitações no Porto devido ao acolhimento. Foto: Rosa Pinto

A cidade do Porto é cada vez mais escolhida pelos estrangeiros para investirem em imobiliário. Os brasileiros com 27% estão no topo dos estrangeiros que mais investem, “enquanto destino de investimento seguro, imobiliário rentável e de qualidade.”

Para compreender a grande procura brasileira por habitação no Porto, a consultora imobiliária Predibisa, especializada no norte do país, fez um estudo recolhendo opiniões junto de clientes/investidores para apurar os principais fatores que determinam a escolha do Porto.

Acolhimento atrai investimento brasileiro em habitação ao Porto

O estudo permitiu concluir que “o acolhimento foi o mais apontado, refletindo-se nas respostas de 100% dos inquiridos”. Dados do estudo indicam que “a maioria destacou a afetividade da generalidade dos portuenses, bem como a facilidade de integração na cidade”.

Outros dos fatores que induzem os brasileiros a escolher o Porto são “a qualidade de vida, a segurança, a beleza da cidade, a cultura, a gastronomia e o clima são também razões que explicam esta crescente atração pela cidade.”

Dados divulgados pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), indicam que “os franceses são os estrangeiros que mais investem em Portugal, atingindo os 29%”, mas “é o investimento brasileiro que mais tem crescido, representando já cerca de 19% da compra de casas a nível nacional.”

Estrangeiros investem em habitação em Portugal

Para além dos franceses e brasileiros vêm os ingleses com 11%, os chineses com 9% e os angolanos com 7,5%, que em 2017 adquiriram habitação em Portugal. No caso dos brasileiros é também indicada “a instabilidade política, social e económica sentida atualmente no Brasil”, que “tem conduzido muitos brasileiros a procurar mercados seguros para investir em ativos imobiliários, como é o caso do português.”

Qualidade de vida, cultura e segurança favorecem os investimentos

O estudo da Predibisa indica que a seguir ao acolhimento, a qualidade de vida é indicada por 70% dos inquiridos como outro dos fatores que levam ao investimento no Porto, e “foram frequentes referências à escala da cidade, à diversidade e riqueza culturais, assim como a proximidade a outras valências: serviços, educação e mercado de trabalho.”

Metade dos inquiridos refere ter tido o fator da segurança em consideração, pois o último relatório anual do Índice Global da Paz, de 2017, realizado com base em 23 indicadores que avaliam o nível da paz em cada país, “Portugal fecha o top 3 da tabela dos países mais pacíficos e seguros do mundo para se viver, subindo duas posições face aos dados de 2016.”

“A diversidade cultural, a boa gastronomia, a beleza e o charme da cidade Invicta e o clima mediterrânico” são também fatores apontados no estudo da consultora imobiliária “que ajudam a perceber a crescente procura residencial no Porto por parte de brasileiros.”

Rita Costa Seixas, responsável pelo departamento de Marketing & Research da Predibisa referiu: “O Porto tem-se posicionado como uma das cidades que mais atrai a nacionalidade brasileira na opção de comprar casa. A par de aspetos mais de ordem emocional, como a questão do acolhimento, qualidade de vida, segurança, há também outro tipo de fatores que influenciam esta escolha, como o preço do metro quadrado no Porto ser inferior à maior parte das capitais e grandes cidades europeias.”

“Acresce a isso, o facto do imobiliário português ser cada vez mais sinónimo de qualidade, transparência e dinamismo e também a qualidade da construção ser alta e estar entre as melhores da Europa”, concluiu Rita Costa Seixas.