Conselho Europeu garante satisfazer necessidades militares e de defesa urgentes da Ucrânia

Conselho Europeu garante satisfazer necessidades militares e de defesa urgentes da Ucrânia
Conselho Europeu garante satisfazer necessidades militares e de defesa urgentes da Ucrânia. Foto: © UE

No final da reunião extraordinária do Conselho Europeu, de 6 de março de 2025, o Presidente, António Costa, em declaração à imprensa, referiu que foram tomadas decisões concretas “para fornecer novos recursos, novas ferramentas, novos instrumentos para as nossas capacidades de defesa.”

António Costa descreveu que foi decidido “investir em áreas prioritárias” que já estavam definidas pela Agência Europeia de Defesa, e que refletiam “as lições aprendidas com a guerra na Ucrânia e em total coerência com a OTAN”, nomeadamente em “defesa aérea e antimísseis, sistemas de artilharia, mísseis e munições, drones e sistemas antidrone, facilitadores estratégicos, mobilidade militar, inteligência artificial, guerra cibernética e eletrónica.”

O Conselho Europeu decidiu também “mobilizar fundos públicos e privados adicionais para nossa defesa”, e para isso irá ser criado “um novo instrumento europeu, de até 150 mil milhões de euros, para apoiar os Estados-Membros no aumento das capacidades de defesa que são urgentemente necessárias.”

Além disso, António Costa disse que os líderes europeus concordaram que é preciso “flexibilidade dentro do Pacto de Estabilidade e Crescimento”, dado que os Estados-Membros “investirão muito mais em defesa”, mas para isso as “regras fiscais comuns precisam de o permitir”, “de forma sustentada e sustentável.”

Também com a ampliação do mandato do Banco Europeu de Investimento irá permitir “mais empréstimos ao setor de defesa”, “melhorará o acesso ao financiamento privado. E terá um efeito positivo nos bancos privados.”

O Presidente do Conselho Europeu referiu também que foi decidido fazer aquisições conjuntas em meios de defesa.

“Uma defesa europeia mais forte também fornece dissuasão para a Ucrânia. Os nossos esforços para fortalecer a defesa europeia também beneficiarão a Ucrânia. Porque a segurança da Ucrânia está no cerne da segurança da Europa”, afirmou António Costa.

Entretanto, lembrou: “Já fornecemos mais de 135 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia desde 2022”, e agora comprometemo-nos “a aumentar ainda mais o nosso apoio”. E António Costa indicou que vários Estados-Membros anunciaram a promessa de apoios até 15 mil milhões de euros” e que irão ser trabalhadas novas iniciativas para responder “às necessidades militares e de defesa urgentes da Ucrânia.”

O Presidente do Conselho Europeu concluiu que a União Europeia está a preparar-se “para dar suporte à Ucrânia quando a mesma decidir envolver-se em negociações. Para ajudá-la a alcançar um resultado positivo, que significa uma paz justa e duradoura.”