Dissecção espontânea de artéria coronária: aumenta a investigação

Atletas, mães jovens ou adolescentes estão sujeitas à dissecção espontânea da artéria coronária, um tipo de ataque cardíaco. Uma condição a que a investigação está a dar esperança aos pacientes.

Dissecção espontânea de artéria coronária: aumenta a investigação
Dissecção espontânea de artéria coronária: aumenta a investigação. Foto: Rosa Pinto

Na última década têm vindo a aumentar as investigações sobre dissecção espontânea de artéria coronária, mas apesar desses muitos avanços no conhecimento da dissecção espontânea da artéria coronária, Sharonne N. Hayes, cardiologista do Mayo Clinic, EUA, e especialista principal na doença cardíaca rara, referiu que ainda há muito a aprender, incluindo o motivo de 90% dos que vêm a ter um evento cardíaco é em pessoas que estão fora do estereótipo de pacientes para ataque cardíaco: mulheres jovens.

A dissecção espontânea da artéria coronária é um tipo de ataque cardíaco. O evento acontece quando há um rompimento em um vaso sanguíneo no coração. Isso pode desacelerar ou bloquear o fluxo sanguíneo, causando um ataque cardíaco.

Podem ser atletas, mães jovens ou adolescentes. Esse é o desafio. E como referiu a cardiologista “trata-se de um ataque cardíaco e de um paciente que não parece que deveria estar a sofrer um ataque cardíaco”.

Os sintomas de dissecção espontânea da artéria coronária podem incluir:

  • Dor no peito
  • Batimento cardíaco acelerado ou sensação de palpitação no peito
  • Dor nos braços, ombros, costas ou maxilar
  • Falta de ar
  • Suor
  • Cansaço extremo e incomum
  • Náusea
  • Tontura

A maioria das pessoas com dissecção espontânea da artéria coronária geralmente possuem outras anormalidades em outras artérias do corpo. E como referiu Sharonne N. Hayes, “pode haver alguns fatores genéticos e sabemos que não há nenhum gene específico de dissecção espontânea da artéria coronária”.

Para a cardiologista da Mayo Clinic os pacientes devem ter esperança, pois “há vida após a dissecção espontânea da artéria coronária e também há esperança após a condição porque as investigações estão a aumentar muito. E hoje sabemos muito mais do que sabíamos há uma década”.