Igrejas em Boticas e Guimarães vão ter intervenção de conservação

Direção Regional de Cultura do Norte alarga protocolo de Cooperação, no âmbito da execução do Plano Românico-Atlântico 2015-2018, para obras de conservação e valorização da Igreja Românica de Covas de Barroso, Boticas, e da Igreja de Serzedelo, Guimarães.

Igreja Românica de Covas de Barroso
Igreja Românica de Covas de Barroso. Foto: CC/GFreihalter

A Direção Regional de Cultura do Norte, a Fundação Iberdrola e os Municípios de Boticas e de Guimarães, assinam Adenda ao Protocolo de Cooperação no âmbito da execução do Plano Românico-Atlântico 2015-2018, para a intervenção de Conservação e Valorização na Igreja Românica de Covas de Barroso, em Boticas, e para intervenção de Conservação e Reforço Estrutural da Igreja de Serzedelo, em Guimarães.

Igreja Românica de Covas de Barroso

A igreja de Covas de Barroso é um edifício que data do século XIII que, posteriormente, foi muito modificado. É composto por uma nave única e por cabeceira retangular, às quais se anexam duas capelas quadrangulares rasgadas nos dois lados da nave.

A fachada principal pertence à Idade Moderna, e prolonga o edifício até ocidente, com empena triangular culminada por cruz. Na fachada posterior encontra-se uma imponente janela, decorada com esculturas românicas, que ilumina a capela-mor. A igreja está circundada por um adro onde se encontra a torre sineira. A capela-mor é pintada, com abóbada de cruzaria ogival assente em quatro mísulas, possui a imagem da padroeira, Santa Maria esculpida, em estilo gótico, em pedra de ançã.

Igreja Românica de Serzedelo

A construção do conjunto monumental de Santa Cristina de Serzedelo perde-se no tempo. De grande austeridade arquitetónica, com caraterísticas românicas, data provavelmente dos séculos XII-XIII. A igreja tem uma única nave, retangular, com capela-mor também retangular, cobertura de madeira e uma ‘ante-igreja’ destinada a espaço funerário. A igreja decorada com frescos, onde se destaca a Anunciação originalmente colocada sobre a fresta entaipada da capela-mor.

Plano de Restauro do Românico Atlântico

O Ministério da Cultura, a Junta de Castilla y León e a Fundação Iberdrola de Espanha acordaram, em 2010, um projeto de restauro e manutenção do património de arte românica em Portugal e Espanha, envolvendo um conjunto de monumentos situados nas imediações dos rios Douro e Tâmega.

A iniciativa denominada ‘Plano de Restauro do Românico Atlântico’, com um investimento global de 4,5 milhões de euros, tem vindo a permitir recuperar o património cultural, natural e social da região, bem como a dinamizar a atividade socioeconómica e potenciar os laços transfronteiriços entre Espanha e Portugal.

A segunda fase do projeto corresponde à execução do Plano Românico-Atlântico 2015-2018 na região norte de Portugal, com o objetivo de alcançar o crescimento socioeconómico sustentável utilizando como motor do desenvolvimento dos recursos culturais do território com o fim de assegurar uma gestão adequada dos mesmos, incrementando deste modo a vida cultural e económica do país e aprofundar os objetivos já alcançados na primeira fase de implementação.