Incêndios florestais são elevado riscos para saúde respiratória

Devido ao grande número de incêndios florestais a Fundação Portuguesa do Pulmão lança alerta, sobre os riscos para a saúde respiratória dos portugueses. Os gases emitidos pelos incêndios florestais são nocivos para a saúde.

Incêndios florestais
Incêndios florestais. Foto: DR

Os incêndios florestais são acontecimentos com graves impactos para o meio ambiente e para a saúde respiratória das populações. Em Portugal os incêndios atingem em número e área ardida números avassaladores e já tornaram o país da Europa com maior percentagem de mata ardida.

Os incêndios degradam a fauna, a flora e os solos, e são fortemente poluentes, enviando para a atmosfera milhões de toneladas de gases com efeito de estufa. A Fundação Portuguesa do Pulmão refere que o efeito nefasto sobre a saúde das populações é marcante, sobretudo nos que integram grupos mais vulneráveis, como os que combatem os incêndios, as crianças, os idosos, os doentes cardiovasculares e, sobretudo, aqueles que sofrem de doenças respiratórias.

Os seus efeitos dos incêndios sobre a saúde respiratória das populações são muito penalizadores, sendo causa de processos inflamatórios de toda a via aérea, como a faringe, laringe, traqueia e brônquios, de infeções brônquicas e pulmonares e descompensação de doenças respiratórias pré-existentes, como a asma, bronquiectasias, DPOC e outras. Especialmente penalizados são os doentes com insuficiência respiratória crónica.

Assim, todos aqueles que respiram o ar poluído dos incêndios florestais, que é rico em óxidos de carbono, compostos orgânicos voláteis e partículas respiráveis, com particular realce para os que sofrem de doenças respiratórias, a Fundação Portuguesa do Pulmão sugere as seguintes atitudes preventivas:

  • Se puder abandone a área onde se está a desenrolar o incêndio;
  • Evite a inalação de fumo recorrendo a equipamento de proteção respiratória – máscara. Se não tiver uma máscara use o que tiver à mão, por exemplo um lenço humedecido! No entanto tenha a noção que as máscaras usadas para proteger do pó, não são eficazes para proteger os seus pulmões dos gases e de muitas das partículas finas do fumo;
  • Permaneça o mais perto possível do solo onde o calor e o fumo são menos intensos;
  • Não deixe o fumo entrar na sua habitação. Feche as janelas, calafete as frinchas e só a ventile após o problema estar resolvido;
  • Evite permanecer ao ar livre, reduza a sua atividade física e beba líquidos;
  • Se permanecer em casa não fume, não manipule outros produtos tóxicos, tais como tintas, vernizes, detergentes ou desinfetantes, não acenda velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha, de modo a manter o nível de oxigénio dentro de casa o mais elevado possível. Evite tudo o que contribua para aumentar a poluição dentro de casa;
  • Se em sua casa tiver sistemas de purificação de ar deve utilizá-los. Se tem ar condicionado deve colocar a opção de recirculação de ar, evitando deste modo que o ar exterior entre dentro de casa, tendo o cuidado de verificar se os filtros estão limpos;
  • Se tem de atravessar de carro uma zona com fumo, mantenha as janelas e os ventiladores fechados; se o carro tiver ar condicionado, ligue-o em modo de recirculação, de modo a evitar que o ar exterior entre na viatura;
  • Se estiver sob tratamento respiratório, cumpra rigorosamente o esquema que lhe foi proposto pelo seu médico, sem esquecer a eventual medicação SOS;
  • Se for um doente insuficiente respiratório crónico sob tratamento com oxigénio, é altura de o fazer de acordo com as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico;
  • Se a sua situação clínica se deteriorar, peça aos competentes serviços a sua evacuação para um hospital.