Jazz im Goethe-Garten 2017 com sete concertos

Jazz invade o Jardim do Goethe-Institut, em Lisboa, nos dias 5 a 7, 10, e 12 a 14 de julho, Músicos oriundos de sete países mostram singularidades do jazz europeu. O festival, que vai na 13ª edição, é já uma marca de qualidade no panorama nacional.

JiGG. Foto: Carlos Porfírio

Entre o dragoeiro, as palmeiras e o rosmaninho ouvem-se sons que saem das colunas, são as primeiras impressões das músicas do Jazz im Goethe-Garten (JiGG) 2017, descreve Julia Klein, da Programação Cultural e Relações Públicas do Goethe-Institut Lisboa.

Julia Klein escreve: “Os sons misturam-se com os cantos dos pássaros e dos papagaios espalhados pelo jardim e quase se transformam em gritos, mal a música começa. O jardim está repleto de pessoas, sentadas ou em pé, ainda à conversa, a beber uma cerveja fresca ou a comer uma salsicha grelhada. É uma tarde quente no jardim do Goethe-Institut.”

O que descreve Julia Klein está prestes a acontecer, referindo: “É um momento de tensão, mas também de grandes expetativas para as próximas duas semanas. Estamos ansiosos por começar, e quando os músicos sobem ao palco, sentamo-nos com o resto do público, para desfrutar, pelo 13.º ano consecutivo, o festival JiGG.”

A 13.ª edição do JiGG realiza-se entre 5 e 14 de julho envolvendo sete concertos de grupos oriundos da Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Portugal, Suíça e Turquia, e direção artística de Rui Neves.

Earnear
Earnear. Foto: Nuno Martins/2015

A primeira semana é dedicada aos trios, a começar os portugueses Earnear, “todos eles destacados músicos, aclamados pela sua força de improvisação e cujo disco, lançado em 2014 pela editora canadiana tour de bras, foi recebido com entusiasmo pela crítica internacional.”

Liquid Trio
Liquid Trio. Foto: joan Cort

O segundo concerto é da responsabilidade dos espanhóis Liquid Trio, “que exaltam a free music da atual realidade catalã, e onde se destacam Agustí Fernández, um dos grandes pianistas da Europa, e Albert Cirera, um dos mais aclamados saxofonistas da nova geração.”

NAMBY PAMBY BOY
NAMBY PAMBY BOY. Foto: Severin Koller

No dia 7 de julho é a vez do trio austríaco Namby Pamby Boy, “cuja postura provocante e próxima do rock os leva a designarem-se a si próprios como uma garage band.”

OĞUZ BÜYÜKBERBER – TOBIAS KLEIN
OĞUZ BÜYÜKBERBER – TOBIAS KLEIN. Foto: Elisabeth Melchior

O JiGG coloca no palco, no dia 10 de julho, “um dos raros duetos de clarinete baixo da atualidade, composto pelo turco Oğuz Büyükberber e pelo alemão Tobias Klein, ambos enaltecendo o lado orgânico deste instrumento de madeira.”

Roots Magic
Roots Magic. Foto: Eleonora Cerri

Nos dias, 12, 13 e 14, três quartetos com caraterísticas próprias e distintas. Entram os italianos Roots Magic, “que na sua versatilidade evocam tanto a tradição dos Blues do Delta, como o jazz criativo de Julius Hemphill, John Carter, Sun Ra e Olu Dara”.

Weird Beard
Weird Beard. Foto: Ralph Kuehne

O dia 13 de julho é reservado aos suíços Weird Beard. Estes “músicos jovens combinam uma linguagem mainstream com outras vibrações interiorizadas.

Rotozaza
Rotozaza. Foto: Manuel Miethe

E no dia 14, os alemães Rotozaza, fecham o JiGG, quatro músicos exímios e criativos numa formação diferente da habitual, com o saxofonista Tobias Delius, também ele um músico de topo, em substituição do clarinetista de Rudi Mahal.