Jovens adultos com ‘COVID longo’ apresentam disfunção vascular nos membros

Disfunção vascular periférica é apresentada por jovens adultos que sofrem de sintomas ‘COVID longo’. Investigadores desenvolvem estudos para determinar se as deficiências persistem para lá do ‘COVID longo’.

Jovens adultos com 'COVID longo' apresentam disfunção vascular nos membros
Jovens adultos com 'COVID longo' apresentam disfunção vascular nos membros. Foto: © Rosa Pinto

Um estudo inédito sobre efeitos persistentes da infeção por SARS-CoV-2 na função vascular de adultos jovens saudáveis, publicado no American Journal of Physiology-Heart and Circulatory Physiology, mostra que os que apresentam sintomas persistentes de COVID-19 exibem disfunção vascular periférica.

Embora seja necessária mais investigação para compreender totalmente a extensão do problema, um estudo descobriu que até 1 em cada 4 adultos com idades entre 18 e 39 anos relataram sintomas durante semanas ou meses após a fase aguda inicial da infeção por COVID-19.

O “COVID longo”, também chamado sequela pós-fase aguda de infeção por SARS-COV-2, é um termo genérico para a condição a que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA se refere como “falta de retorno ao estado normal de saúde após doença aguda de COVID-19. ”Indivíduos com ‘COVID longo’ relatam uma variedade de sintomas, incluindo comprometimento cognitivo, dor de cabeça e tontura, que podem ser indicativos de comprometimento dos vasos sanguíneos que sustentam o cérebro.

Investigadores da Universidade do Texas em Arlington investigaram a função do cérebro e dos vasos sanguíneos periféricos de 16 jovens adultos que tiveram COVID-19 há mais de quatro semanas. Dos 16 participantes do estudo 8 tinham sintomas de COVID-19.

Os jovens sintomáticos mostraram dilatação de vasos sanguíneos grandes e pequenos nos membros. No entanto, apesar de estudos anteriores mostrarem enrijamento das artérias centrais em adultos jovens com COVID-19 agudo, os jovens com ‘COVID longo’ neste estudo não mostraram tal enrijamento, nem mostraram função prejudicada nos vasos sanguíneos que sustentam o cérebro. Os jovens com COVID-19 assintomáticos mostraram função semelhante aos jovens de controlo, oferecendo a esperança de que, uma vez que os sintomas se resolvam o mesmo possa ocorrer com as deficiências vasculares.