Matosinhos homenageia Guilherme Pinto e indústria conserveira com nova Praça

Praça Guilherme Pinto é uma homenagem ao cidadão autarca de Matosinhos, já falecido. Uma Praça que é também lugar para um “Memorial às operárias e operários da indústria conserveira”.

Matosinhos homenageia Guilherme Pinto e indústria conserveira com nova Praça
Matosinhos homenageia Guilherme Pinto e indústria conserveira com nova Praça

Desenhada pela arquiteta municipal Luísa Valente, a Praça Guilherme Pinto, em Matosinhos, delimitada pelas ruas Sousa Aroso, D. João e Brito e Cunha, e rematada a sul pela Broadway, integra um “Memorial às operárias e operários da indústria conserveira”, um conjunto escultórico de grandes dimensões desenhado pelo escultor Ruy Anahory.

“Esta é a grande praça que Matosinhos nunca teve e que, doravante, poderá ser um local privilegiado para o exercício da cidadania”, assim descreveu o ex-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, falecido há dois anos. Uma frase com largo significado que é recordada na inauguração, dia 26 de janeiro, da nova Praça que disponibiliza aos cidadãos uma área de fruição com 7.765 metros quadrados.

A Praça que assume a designação de Praça Guilherme Pinto, por deliberação do executivo municipal, de 12 de janeiro de 2017, é uma homenagem ao cidadão e autarca de Matosinhos, que a imaginou como parte de um plano de construção de uma praça em cada uma das dez freguesias de Matosinhos. Praças de espaços conviviais e facilitadores do exercício da cidadania. Esta nova área representa um investimento de cerca de 890 mil euros, cofinanciado pelo FEDER através do programa comunitário Portugal2020/Norte 2020.

Na Praça a obra-de-arte do escultor Ruy Anahory é constituída por um cardume de grandes peixes metálicos e pela homenagem às operárias e aos operários conserveiros, e inclui, no extremo sul, um elemento evocativo de uma chaminé, representando a fábrica onde o peixe era transformado, mas também as latas das conservas.

O piso da praça complementa o memorial, evocando as 54 empresas conserveiras que existiram em Matosinhos e que, durante décadas, dominaram a paisagem de Matosinhos-Sul, contribuindo decisivamente para a economia local e nacional, em estreita relação com o Porto de Leixões, que chegou a ser o maior porto sardinheiro do mundo. A unir os peixes há também um desenho em forma de rede, que pretende precisamente evocar as redes da pesca.

Para melhor se compreender o passado e a importância da indústria conserveira em Matosinhos o historiador Joel Cleto faz dia 26 de janeiro, pelas 21h30, uma visita guiada pela Praça Guilherme Pinto.