Miranda do Douro: conservação e restauro no ermitério de “Os Santos”

Ermitério de “Os Santos”, situado entre as freguesias de Picote e Sendim, no concelho de Miranda do Douro, está a ser restaurado. A intervenção é da responsabilidade Direção Regional de Cultura do Norte.

Ermitério de “Os Santos”, situado entre as freguesias de Picote e Sendim, no concelho de Miranda do Douro, está a ser restaurado. A intervenção é da responsabilidade Direção Regional de Cultura do Norte.
Miranda do Douro: conservação e restauro no ermitério de “Os Santos”. Foto: DR

A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) realiza intervenção de conservação e restauro no ermitério de “Os Santos”, que se situa entre as freguesias de Picote e Sendim, no concelho de Miranda do Douro.

A intervenção no ermitério incide, essencialmente, no painel de pintura mural a fresco, datável do século XVI e que apresentava avançado estado de degradação. A intervenção está a ser executada pelo Centro de Conservação e Restauro de Arte Sacra da Diocese de Bragança-Miranda, com o apoio de Joaquim Caetano, especialista na conservação e restauro deste tipo de arte pictórica.

Esta intervenção, que tem um encargo de no valor de 12.423,00 euros, insere-se na candidatura apresentada pela DRCN, em conjunto com a Junta de Castela e Leão, ao programa INTERREG V-A – Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal. O projeto prevê intervenções de conservação e ações de divulgação sobre a pintura mural a fresco do Nordeste transmontano e conta com a colaboração e apoio empenhado das Juntas de Freguesia de Picote e de Sendim.

O ermitério “Os Santos”, que se encontra classificado como Imóvel de Interesse Público, é constituído por um abrigo talhado em monólito granítico, ostentando nas faces sul e nascente painéis com pinturas murais sobre reboco, onde figuram a Coroação da Virgem com legenda, São Paulo Apóstolo, A conversação entre Santo Antão e S. Paulo Ermita e vestígios de um Calvário; e na cobertura vestígios de um céu estrelado.

A DRCN considera que o abrigo pode corresponder à cabeceira de uma pequena capela, e que atualmente já não existe. As paredes do monólito foram afeiçoadas de forma a proporcionar superfícies suficientemente alisadas para receber a pintura mural.

Localiza-se numa zona rural isolada, no limite das freguesias de Sendim e Picote, implantado numa plataforma em encosta de pendor acentuado, sobranceira ao Rio Douro. A envolvente está coberta com oliveiras, zimbros e vegetação rasteira.