Presidente do Egito defendeu que se atue já contra o terrorismo e a uma só voz

Presidente do Egito defendeu em Lisboa que o terrorismo é transnacional e que deve ser enfrentado “de uma forma firme e a uma só voz”, afirmando que “se não atuarmos já, a situação será muito complicada”.

Presidente do Egito defendeu que se atue já contra o terrorismo e a uma só voz
Presidente do Egito defendeu que se atue já contra o terrorismo e a uma só voz. Foto: © DR

O Presidente da República Árabe do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, de visita a Portugal, participou na conferência sobre ‘Segurança, terrorismo e Estado de Direito’ que decorreu no Instituto Universitário Militar (IUM), em Lisboa. Na conferência participaram também o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Pina Monteiro.

“Temos de enfrentar de uma forma firme e a uma só voz” o terrorismo transnacional. “Se não atuarmos já, a situação será muito complicada”, referiu o Presidente do Egito, citado em comunicado do Ministério da Defesa Nacional, e acrescentou que é necessário “pensar em conjunto as razões que levaram ao terrorismo e fazer de tudo para proteger a vida dos cidadãos”, mobilizando uma união de esforços a nível internacional para enfrentar esta ameaça.

Abdel Fattah al-Sisi defendeu no IUM que não existe diferença entre os grupos terroristas que se desenvolvem na Europa, no Médio Oriente, ou no Norte de África. “As ideias do terrorismo são todas fascistas: estes grupos não conseguem viver em tolerância, nem aceitar o outro”, e acrescentou ainda que “enfrentar estes grupos de forma ideológica e firme é o mais importante”.

O Ministro da Defesa Nacional, indica o comunicado do MDN, assegurou ao Presidente do Egito “a solidariedade e amizade, sem falhas, de Portugal, num mundo em que todos partilhamos algumas das mesmas ameaças e dos mesmos desafios”.

Azeredo Lopes frisou a importância das Forças Armadas enquanto “instrumento fundamental da política externa do Estado”, considerando serem a “forma mais profissional como Portugal assume e partilha riscos e responsabilidades”.

Azeredo Lopes destacou também o papel das Forças Armadas portuguesas como tradução da “adesão clara de Portugal ao Direito Internacional e a uma visão moderna do multilateralismo”, seja no seio da NATO, da UE, de outras organizações regionais, ou, em primeira linha, das Nações Unidas, sublinhando neste contexto a aposta firme que o Governo tem realizado no reforço das Forças Nacionais Destacadas.